Doce alvorada no espelho das águas
Alça vôo ao seio a saudade tanta
Alvoroça vontade, é cantar
A vossa chegada quem em mim deságua
Sereia! Me leva ao fundo, teu mar
Em tua areia quero morar, sempre
Vem me passear, sem contar o tempo
Armei meu corpo para teu amar
Venha pois, dia de nossas delícias
De fazer novidades devagar
Guardadas em conchas, depois, carícias
Vergando o tempo de nós, a nadar
Afaga o corpo a saudade tão lívida
Prenúncio solto navegando o amar
(para minha sereia deliciosa, Irene) |