Caros habitantes deste planeta:
Eu poderia iniciar esta minha missiva por, venho por este meio, no entanto, fico-me pela simplicidade da linguagem, porque de simples goza a história dos felizes.Estes são seres que rapidamente perceberam que mais vale o bucolismo interior que o buliço que conduz à náusea!Ainda hoje li Jean Paul Sartre e até concordei com ele, no que diz respeito à alienação por motivo de existir.Amanhã talvez ponha em prática a filosofia existencialista e me detenha no prazer físico de embelezar-me...aguardo que a nostalgia do existir me deixe suavemente...Nestes dois últimos dias, tenho tido a coragem de saír de mim e tenho vivido para o outro. A todos que revejo, depois do período de férias, desejo um bom ano, com o melhor dos sorrisos, sob a nuance do credo, mesmo da esquerda para a direita.Recebi mensagens de reforço de quem só conhece a minha linguagem, mas de quem eu esperava!?...observei o degelo próprio dos condenados a existir!Agradeço à Sandra que leu o poema dedicado a meu pai, senhor de extremo estigma,e me desejou o melhor possível não só para este ano...ao Lo, poliglota, letrado, que tem tornado os meus dias soalheiros(apesar do frio da bela Bracara Augusta!), ao Mendigno que com sua viperinice brejeira e prazenteira tem colorido o meu imaginário...e a outros;Aparecida Linhares, a quem admiro muito! Milene Arder!Obrigada!No emaranhado da vida vamos aprendendo a desvendar o nosso caminho...e por vezes o sangue é um mero acidente de percurso... porque no outro[estranho?] encontramos a resposta aos nossos anseios.Posto isto, concluo respondendo à vossa pseudo interpretação: eu não estou melancólica; estou lúcida!
Elvira:)