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Cartas-->Tens visto as flores? 20/09/00 -- 04/01/2005 - 05:17 (Rodrigo Moreira Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Busco portos seguros, paisagens bonitas. As alegrias desse mundo cruel se mostram em instantes raros, mas q existem, sim, eles existem! E, a inspiração q brota em cada linha endereçada a ti já é algo espetacular. Sim, claro, não penses q és única, platônica, surreal, utópica, mas é vc mesma, singularidade q aprecio com muito carinho, respeito e cuidado.
Não me entenda mal, estou conversando com vc, coisa q amo fazer, refletir, sentir, observar... É um meio d expressão, como já disse anteriormente.
Amei sua blusa cor-de-rosa, linda! Combinou muito, alilás, nesta primavera fique bem colorida, vc fica ainda mais bonita, viva, mas não c esqueça do grande sorriso, ele não pode faltar.
Não sei qdo vou mandar esta cartinha, mas tinha q escreve-la hoje, pois tudo aquilo q senti não poderia deixar d escrever, dizer, ainda com tudo bem quentinho, fresco. Agora são 00:22. Depois q saí do consultório ainda consegui pegar a aula q precisava, acho q não levei falta, isso tem pegado um pouco, mesmo pq é sempre às terças-feira, aula d teologia com um prof. Chileno que é meio sistemático neste aspecto. Por isso a minha pressa e preocupação exageradas, espero q a outra doutora, (q já não lembro c chamava... Valéria?) não tenha ficado com má impressão, c houve algo devo pedir desculpas... A Jaqueline bem q podia não ter feito todo aquele drama com o outro médico, né? Puxa, além d eu ter q “entrar na faca” (risos) ainda tenho q ficar quietinho? Bonitinho? Sem palavras? Q me sobraria, c oq tenho são, nestes momentos, só palavras, reflexões d mim comigo mesmo? Pois só eu sinto aquilo q deveria sentir, ou seja, as ações alheias em minha sensível (e até demais) boca/corpo/mente/coração... ual, qta coisa...
Mas, mudando um pouquinho d assunto... tens visto as flores? As novas cores dessa nova estação q adentra nosso universo d vivência? E o por do sol, tens observado? A razão é uma ótima aliada, mas qdo passa a dar todas as cartas, torna-se hitleriana e, isso dói qdo percebemo-nos em outras relações interativas. Quão duro é perceber a realidade fora dos sentidos comuns e não poder compreende-la conforme gostaríamos. Montamos nossos passos e neles gabaritamos todas as coisas, não é bem assim. Vida é situação aprendente!
Quanto ao mar q o peixe vive imerso, este está tão calmo em sua superfície q nem c pode imaginar as tempestades q sobrevirão, afundarão navios, modificando águas, solos e climas... é tão grande, tão vasto, tão lindo... hipnotiza a qq custo por sua beleza/mistério e, como é bom sempre seguir em frente, com uma correnteza q leva-nos sem esforço, sem, muitas vezes, preocupações profundas, diretivas, escatológicas. O horizonte é tão infinito qto minha visão pode alcançar. Ao menos lembro q existe um grande e luminoso sol para me guiar, quem sabe chegar em alguma ilha exótica com uma casinha branca d varanda, um quintal e uma janela, onde todos os dias c possa ver o sol se por, descansar nalguma rede... seria ócio, a grande perfeição grega... Espere aí, não confunda isso com vagabundagem, não srta, não é preguiça, desgosto pela vida moderna, mas sabe... já lhe contei sobre o mito da caverna d Platão... a história das sombras, um mundo sem significado real... e é sobre este ponto d vista q reflito, penso, relembro nossa realidade tão sofrível. Qtas pessoas sem a menor esperança sonhando com algo q, ao ganharem, ainda não se satisfarão, buscando sempre mais, uma verdadeira avalanche d conquistas ilusórias, sombras... É especificamente isso q me incomoda. Já lhe contei q passei um tempo da vida com um certo grau d poder aquisitivo, mas nunca deixei d refletir c era aquilo mesmo q me satisfazia e, me vi sem sentido, andando no vazio, com felicidades raras, momentâneas, numa luta com o mundo e comigo mesmo. Depois q comecei a ler Nietzsche, percebi q alguns d meus problemas eram comuns pra ele. A falta da verdadeira liberdade, uma igualdade niveladora imposta, a falta d respeito pelo próximo diferente, uma visão distorcida d uma realidade criada por uns poucos reinantes, opressores q forjaram todo um sistema e inculcaram d uma tal forma na mente do ser humano durante sua existência que nunca ele conseguirá se libertar. Aí me deparo com as pessoas vivendo, nascendo e morrendo iguais. Afinal, somos diferentes em quê? Somente em respeito a si e ao próximo é q c deve essas diferenças, mas esse respeito não existe. Vivemos inconscientes neste mundo d sombras, dor q é encoberta pela neutralidade q nos traz o movimento do mundo, afinal, temos q continuar vivendo, nascendo e morrendo.
Mudando um pouco o ponto d vista da reflexão, peguemos então a teologia. Por que criou Deus o ser humano? Pra viver atolado pelo tempo escasso e inútil? Servindo pra si mesmo e nada ao mesmo tempo, para simplesmente passar o tempo? Primeiro, para Deus o tempo não existe, Ele é eterno, a cadeia do tempo quem criou foi o ser humano, ele próprio se condenou, acorrentou. Não foi Deus quem fez isso. Lembremos... “criou Deus o Homem à sua imagem e semelhança...” criou um jardineiro, biólogo, cuidador da natureza respeitada que devia ser tratada e apreciada pois “anuncia a glória d Deus”. Neste aspecto, parece, o tempo é algo já feito, criado por Deus, já presente na história da criação... mas observemos um pouco mais atentamente, foi Deus quem trabalhou... e mesmo assim, foi somente “uma semana” e ao homem sobrou cuidar desta obra q se mantém por si própria, ou seja, restou somente a apreciação, sendo a arte o maior trabalho a ser feito, com prazer e descanso, pois foi visto q era “bom”, agradável aos olhos, coração; tudo c refletindo na adoração desse mesmo Deus, que não é cobrador, malvado ou opressor; sim, é o próprio ser humano q c oprime, maltrata. É ele próprio q estabelece tempo, leis, guerras, calamidades, morte com sofrimento, vida pior ainda. Então, já em nosso segundo ponto, vemos q Deus nos mostra o caminho e, este não é viver com sobrecargas, pensamentos fora d nossas origens – viver d bem com a vida. Ver sofrer faz bem, diz Nietzsche, e completa: fazer sofrer, mais ainda! Que terrível axioma! Nele podemos perceber em q mundo vivemos. E isto está arraigado em nossas mentes d tal forma q não percebemos... nossa! Já são 1:06, mas ainda tem algum restinho... espero não estar sendo cansativo, espero estar proporcionando algumas pontes... Mas, minha amiga, é isso, só isso q, talvez por hora, tenha este teu amigo aqui pra dizer por estas teclas, com um sonzinho ligado e um copo d guaraná ao lago... escrevo dedicado a vc... algo q até certo ponto faz bem pra mim, espero q o faça pra vc tbém, c, por acaso do acaso não fizer, simplesmente não leia mais. Resolve-se essa questão d uma forma bem livre: escolha e respeito. Acredite, preciso desse nível d relacionamento.
Se possível, responda-me, ao menos, um achômetro do txt, um assim, gostei, não gostei... escreva mais, não escreva mais... risos... juro q aceitarei e entenderei, sem pressão ou falta d calma, como me pedistes no ultimo mail... E, não c esqueça... eu aprendo... chego lá... mas é preciso um pouquinho d paciência, c não for pedir muito... glub...glub... sou apenas um peixinho... glub...glub...
Os estudos nas faculdades estão muito legais... estou um pouco apertado por tantos afazeres... mas garanto q sobra tempo pra observar os detalhes, lindos, do contexto q me cerca e grita a todo instante aos meus ouvidos pedindo meus cuidados, carinhos, apreciação... apenas um peixinho... q insiste em ficar d fora do aquário, no mar solto através das correntezas com rumo certo, ensolarado; enluarando todas as marcas sombrias q atacam as visões q c me apresentam e corroem min’alma a seco, embaçando a visão, tirando o gosto, impedindo a melodia e o cheiro, suprimindo a formas/texturas... de vez enquando fico descalço... isso é raro... mas é preciso... sentir a terra q me sustenta todos os dias d minha vida... sua fala é mansa e agradável... interessantemente sábia, confortante, dócil... inspiradora!
Agradeço mais uma vez por ser esse anjo em minha vida, q me inspira, traz novo ar aos pulmões... e, como não possuo riquezas materiais, deixo-vos aquilo q mais aprecio nos contatos q surgem contigo – minhas reflexões – viagens dentro d mim olhadas pelo seu binóculo d olhos claros, lindos!
1:22... não estou certo d minha vontade d dormir... apesar do sono bater à porta... hum, glub...glub..... será q peixes dormem? O interior é algo muito interessante, pois nunca dorme, as experiências são constantes, talvez, um dos motivos do codinome Peixe, seja a causa disso..., mas não é só por isso...
Qq soninho... glub..., quero ver c reviso noutro dia e mando-lhe assim q puder... por hoje é só... até mais.... beijão... glub...glub....
(neste mesmo dia, só q de noite... 23:45, uma revisão básica... risos.. glub....)
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