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Humor-->CÃES PERIGOSOS -- 10/04/2006 - 19:18 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

CÃES PERIGOSOS
(Por Domingos Oliveira Medeiros).


Como diz o refrão de uma conhecida canção popular “perdão foi feito pra gente pedir”. E o faço aqui e agora. Perdão, em primeiro lugar, e de modo geral, ao grande amigo do homem, o cão. E, particularmente, a todos os cães da raça Pit Bull.

Há tempos, a imprensa tem sido implacável com estes nossos amiguinhos. Falam coisas do arco da velha. Cidades inteiras se revoltaram contra as notícias sobre violências que estes cães teriam praticados. É certo que ocorreram alguns incidentes envolvendo esta raça. Mas a imprensa, como sempre, errou na dose. Dramatizaram muito. Até alguns parlamentares chegaram a elaborar projetos-de-lei para castrar a raça. Ou eliminá-las.

Enfatizaram sua poderosa mordida. Falaram de sua índole má. Que já nascem perigosos e traiçoeiros. Atacam quando menos se espera. Denegriram a imagem do Pit Bull. Pouca gente veio em seu favor. Apenas alguns criadores da raça. Gente que conhece os meandros do treinamento e do adestramento de animais.

Os especialistas afirmam que a raça, como um todo, não tem nada a ver com casos isolados de violência. Que o perigo não guardaria elo causal com esta ou aquela raça. Mas, sim, com o próprio dono. Na verdade, o comportamento do cachorro seria, em tese, reflexo do que aprendeu com o seu dono. Repetem, portanto, seus vícios e suas virtudes.

Fico com esta última opinião. E peço perdão a todos os cães e a todos os da raça Pit Bull. Mesmo aqueles que se envolveram com violência. Que morderam crianças inocentes. Ou aqueles que, sem coleira, e sem os devidos cuidados, atacaram nas praças e ruas pessoas e outros animais. E por que digo isso?

Simplesmente porque os cães são irracionais. E, portanto, sem o adestramento e o cuidado adequados se voltam para suas origens: animais selvagens; passíveis de cometerem violência. Mesmo que não se dêem conta disto. Diferente de nós, os seres humanos, ditos racionais; nascidos e criados à semelhança de Deus.

A diferença é que o Pit Bull - como, aliás, qualquer cachorro -, não freqüenta faculdade. Não tem a oportunidade de ler bons livros. E não existe classes sociais entre eles. O cão mais rico, de raça pura, não se dá conta do cão vira-lata, que anda fuçando latas de lixo. Para ele todos são iguais perante a natureza.

E os cães não se viciam em maconha, ou coisas do estilo. Não andam em motéis. Só fazem amor quando estão no cio e para fins de reprodução da espécie. Muito diferente, portanto, de nós, seres “inteligentes”, racionais e que possuímos cérebros bem superiores aos deles.

Peço perdão a todos os amigos do homem. Os verdadeiros amigos. Os cães de todas as raças e de todas as “classes” sociais. Perdão pelo que alguns de meus semelhantes foram capazes de fazer. Semelhantes, diga-se de passagem, de classe social alta e de “raça pura”. Não se tratava de nenhum vira-latas. Tinham nomes, família, posses e residiam em mansões. Faziam faculdade e coisas do estilo. Seus nomes: Suzane Louise von Richthofen, 19 anos, estudante de Direito, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Daniel Cravinhos de Paula e Silva, 21 anos, namorado de Suzane. E Cristian, de 26 anos, irmão do Daniel. O que eles fizeram?

Planejaram e assassinaram os pais (legítimos) de Suzana, o engenheiro Manfred Albert von Richthofen, de 49 anos, e sua mãe (legítima) a psiquiatra Marísia von Richthofen, de 50 anos, no dia 31 de outubro de 2002. De que maneira?

A golpes de barras de ferro, com requintes de crueldade. A mãe de Suzana levou cinco pancadas na cabeça, teve uma toalha colocada na boca e um saco de lixo amarrado na cabeça, e ainda foi estrangulada; O casal chegou a acordar e tentou se proteger com as mãos, mas foi logo atingido. Suzane cuidou de separar os sacos de lixos e de providenciar luvas cirúrgicas e meias para que os seus comparsas não deixassem vestígios no local do crime. Ainda roubaram dinheiro do casal. No dia seguinte ao crime, o irmão do namorado de Suzane comprou uma moto no valor de US$3.600 dólares, com parte do dinheiro roubado. Explicação de Suzane para o crime? Teria matado “por amor”. Pois seus pais não estariam concordando com o seu namoro.

Perdão, caro Pit Bull. Pela calúnia e pela difamação. Pelo exagero com que nós os seres humanos temos tratado vocês. Como se vocês fossem, realmente, violentos. Verdadeiros animais. Capazes de atos tão sórdidos como os de Suzana e seus comparsas. E ainda tem “especialistas” dizendo que se trata de doença incurável, de ordem psíquica. Doença? Que doença? De quem? De Suzana? De Daniel? De Cristian? Dos três ? Não acredito. Estou mais propenso a crer em violência, em maldade, pura e simples. Violência que não se cura nem com adestramento. Esses animais é que deveriam ser castrados e banidos de nossa sociedade. Pois são perigosos. Perigosíssimos. Sobretudo, porque pensam, planejam, usam a razão, forma juízos,. Mas agem como cães danados!.

Danados, astuciosos e traiçoeiros. Simulam arrependimentos e lágrimas, sempre que são expostos à opinião pública. Sempre que se aproximam da hora de serem julgados pelas mordidas praticadas.















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