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cronicas-->1973 - Rima Pobre (Louca) -- 08/01/2009 - 15:26 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mundo imundo, sem tampa nem fundo, tal qual rampa anormal, final de uma vida desprovida de razão, sem sermão de Frei sem Rei. Ei! Maluca! Cuca fundida, desinibida, na bebida, batida, na ida, corrida louca, poucas voltas roucas deixando as toucas para depois, pois a morte vem, com sorte ou sem. Porém, morrer para renascer, viver para morrer, morrer para viver; ora bolas cora o rosto, posto de observação, de nossa nação, resumida, espremida em nosso coração, poção de viver, para temer a miséria, a pilhéria, comuns e corriqueiras para alguns às margens ribeiras da "pop" de consumo, sem rumo, falsas valsas desse sistema cretino, feito sem tema, sem destino pós-inspiração, pois precisão e pão só o labor consegue dar valor.
A cor, flor, morta e torta, deporta o breu para a porta de seu apogeu, deixando voando matizes e raízes de uma geração nova sem cova, sem sova, só ravina, sem rapina, regato sem mato, cor sem dor, pão sem sermão, irmão com irmão unidos, absorvidos pela paz, rapaz, assaz, paz sumiu, fugiu, limitou-se a invisibilidade das cidades sem idades, poluídas, corroídas pelo ruídos, grunhidos dos andróides, molóides sem nexo, que passeiam pelas ruas, nuas e frias hospedarias dos traumas que penetram na alma desiludida dos racionais de pedras.
Guerra, mera palavra, que lavra os campos, deixando os sulcos da desgraça de graça, na praça da taba sem aba que alaga com sangue o mangue mórbido do paraíso idiota, anota, aposta a cota do viver consigo mesmo, tudo torresmo decapitado de gordura sem postura de viver. Choro, choro e não há razões para perdões, pois cordões foram, foram, vão, irão, degredo, sem enredo, o medo a tudo subjuga, julga e aluga perdões e sermões, amedronta, apronta egos meros sonhos, sombras utópicas e filosóficas que levam a nada.
Cada parada madruga o viver, falta o saber, padece a carne, cada pensamento é sofrimento, lamento, tormento sem tormenta, que age à margem de nossas vidas sorrindo os malefícios da alma na sauna queimada na ramada coalhada de loterias e leiterias fazendo, construindo rindo, nossas desgraças, que traça a "merda" de nosso destino. Este, bela porcaria que a tudo perdoa, pois falaria o povo idiota: - foi o destino; que desatino!
Afirmo, a firma corrompe, rompe as células do bom senso, penso na hipocrisia, como dizia, hipócritas, agiotas e idiotas leis burocráticas, práticas para quem não fica cantando-as. Cantar, ovacionar o perfeito, amor, calor, inventando desculpa para a culpa da dupla idéia, para nós e para eles. Neles o erros, nós as verdades ditas pelas leis vãs e corretas, que a tudo subjugam sangrando, matando, os líberos deixando-os, degredados nos agregados dos incultos incrédulos e bobos criadores de axiomas sem imaginarem consequências pós-musas.
Recusas a nascer, como? És obrigado. Recusas a morrer, como? És obrigado. Quer viver, não deixam, amortecem felicidade na idade de saber da caridade que não existe, triste a riste perversa desta versão de viver, comer e morrer. Só morrer, viver e nascer sem razão para que?
Paz, idiota, nota a guerra que ferra a glória na morfina, fina purpurina de utopia, de bobagem sem aragem, pagem de racionais finais de destinos traçados e passados no sabor amargo de viver miles viveres e morreres, que queres saberes à vida. Cobrir de lama na cama da dama amada e calada da salada falada da falange, tic-tac que só repete do princípio ao mais infinito ou menos infinito, sei lá, se estamos recuando ou se estamos avançando, pois cada vez está pior ou será que está melhor.
Pior, melhor, é tudo suor de calor na amada desanimada, saboreada e comentada sina de viver. Escrever palavras, palavrões e palavrinhas, que diferença faz, traz tristezas, pois, parar para pensar é matar sonhos falsos, miles planos utópicos, tudo através da loteria.
Oh! Desgraça, inventaram a loteria, tema dos humildes, glória dos fortes ou serão fracos, magros, gordos, tortos, mortos na solidão da desilusão cotidiana e leviana do querer sem merecer, a tecer a doce posse do cantar, amar a briga intriga de poder e rufar a arma sem alma na calma utópica, que vira em guerra nesta terra louca e desvairada, cheia de rajada de palavras e sermões de balas e balinhas de canhões com piões dos fanáticos não burros, nem inteligentes porque não são gentes. Mente a si próprio na vontade sem metade do inteiro inferno, terno paraíso de loucura, que atura as criaturas do sonhar, do pensar no viver.
Oras, porque correr, sem chorar; só risos, risos pra que? Se cada vez que pensar é briga, então não pensar. Viva a loucura, que também pode ser lucidez ou oremos a lucidez da loucura, isto é, procura, procura, todo mundo procura, todo mendigo procura a cura para seus males maléficos e ruins ou será que são bons.
Têm tons de azul, amarelo de farelo, mas todos são incolores, porque a dor não tem cor. O amor chorou a guerra, a poesia, a lua, na rua da amargura, oh Vietnam amargurado porque quer, porque os homens que não passam de bebês são homens que fazem do nada, coisa horríveis sem nexo. Nexo, palavra sem nexo. Tudo é nexo, é etiqueta, tudo é legenda; quer morrer, tem que ser enterrado porque é convenção. Morra, mortos e cadáveres do mundo que está fundo cada vez mais, mais... mais, gritar não adianta.
Sinta a tinta da utopia na face que nasce na ambição dos ignorantes e inteligentes, também ignorantes. Ignorar é não ignorar ou não ignorar é ignorar. Oras, porque resumir o calor humano numa pedrinha de gelo sem sabor. Mas, alegria é satisfação, sem coração, nem pão neste mundão que é mundo chamado Terra.
Gero, berro; quero sofrer, gemer, temer o fundo do imundo, sem mundo, que roda a roda-viva, inimiga da amiga cara e rara, que para o bom senso, dom denso de morrer com vida à viver e ver rios, pios dos regatos, aparatos de sonhar, velejar e desejar viajar por mar sem par, apar da maré na ré do futuro para o passado cassado do presente, mente o ente de seu ego, sente o assado maduro no duro pensar sem ar e nem bar, mero boteco, teco de realidade, sem caridade morta na idade, viva na infelicidade, sonho na felicidade, querida na ferida poluída e corroída sem dor.
Ora, rola bolas, mil colas. Vou morrer.
Vejam só, este texto foi escrito em maio de mil novecentos e setenta e três, recém completado dezenove anos, foi um surto febril ou uma grande bobagem mesmo. Só sei que era tarde da noite, estava na solidão e em início de namoro, sobrou escrever e, lembro, deixei rolar, sem enrolar, acho que quis amolar no desenrolar olha aí, a volta no tempo, já-já sai uma Rima Pobre (Louca) Dois Mil e Seis.
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