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Discursos-->A propósito dessa impertinência... Né ?!... -- 29/09/2003 - 16:46 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Minha Irmã... Meu Irmão... Na vossa direcção, no vosso Deus, não, não vislumbro sequer uma exígua frincha onde ponha um só dos meus sentidos a espreitar, curioso e emocionado com vosso presumível rumo. Vosso "ali", meus caros, está garantido. Não vos aflija o futuro longínquo: também será ali já, depositado sob a montanha da sapiência que arrepia de espanto qualquer humano medianamente inteligente e sobretudo com experimentada capacidade de avaliação real. 

Leio, interpreto vossas preocupações e a exposição racional óbvia, mas, sinceramente, não entendo para quê. Sei também para quem escreveis, mas esses fingem apenas que vos lêem e não vos ouvirão intimamente. Há milhares deles como vós, pessoas que lutam estoicamente para seguir na senda da miragem e tomarem, por inesperada e milagrosa sorte, um daqueles cadeirõezinhos pesados onde vulgarmente se encostam e estendem em esplêndida pose os braços.

Então... Minha Irmã... Meu Irmão... Ao sabor da língua que falais e escreveis, não sentis correr-vos nas veias o esplendor camoniano, imaginando na pele o enorme vate em seu explícito estado de estar vivo? Então não lhe descortinais o génio do relato para além da muralha do egoísmo?

Perdei o tempo que quiserdes, minha Irmã... Meu Irmão, convencendo-vos que, se manejasseis o português que dominais além das portas do mesquinho e do anódino espírito que detendes, poderieis descobrir-vos e por aí descobrirdes também tantos de nós. Mas vós, sois apenas um fieis egoístas e submetidos servidores do mundo que criticais, para amanhã, enfim, afirmardes que estaria a melhorar, se porventura lograsseis sentar-vos num dos cadeirãozinhos que permite, com uma só rúbrica ilegível, movimentar a legião de irmãos com "i" minúsculo. Ou não, minha Irmã... Meu Irmão? Proventura até serieis capazes de mudar tudo isto aonde vivemos, a começar por mim...

Entretanto, apraz-me imenso que sejais como sois e vos entrelaceis entre todos os irmãos verdadeiros desta vida. Ides fazendo tudo "em nome de" porque ainda não sois o que desejais e também não encontrasteis melhor forma de sobreviver. Se fosseis mais alto como me pretendeis talvez estragasseis de vez o sonho que vos anima... Minha Irmã... Meu Irmão... Sois tão felizes aqui e almejais ir para cima...

António Torre da Guia

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