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Artigos-->O que faz um bom texto? -- 24/04/2003 - 13:22 (Ricardo Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um bom texto propicia uma boa leitura.

Ricardo Oliveira



Um bom texto, diferencia-se de um texto comum pela sua permanência no tempo sem necessidade do autor estar explicando ter mudado de opinião. Ele deve ser claro, objetivo e apenas informar, ao leitor, a visão do autor sobre os fatos que aborda, transmitido nele, sua opinião e sensibilidade.



É esta a proposta que desejo ver expressa na Usina de Letras. Bons textos. Não a favor de um ou outro partido político ou ‘herói’ do momento. Cansa-me ver as chamadas, sem conexão e outras que retratam mal o que abordam. Mas, aprendi que não se exige de alguém algo que ele não tem.



Ainda que sendo um, dois ou dez leitores que tenha, devo a eles o melhor de mim em cada texto ou apresentação que faço. Este texto que reproduzo, é uma preciosidade e indicava, um futuro bem próximo da realidade. Um exemplo do que apresento com um bom texto.



Quero aqui reportar, num amanhã, os textos de alguns usineiros que escrevem, até compulsivamente, sobre os destinos e enganos no Brasil e no Mundo. Serão então eles avaliados no tempo sobre seus textos.



Será que podemos mos orgulhar do que escrevemos? Será que iremos desfilar com desculpas e dizer que mudamos de opinião depois de tanto estrago feito a nós mesmos e aos outros?



Tudo que menos deveria contar nestas leituras na Usina de Letras, é a clicagem de autores. Deveríamos ser mais críticos. Mas, as vaidades são as devoradoras de almas.



Que tenham uma boa leitura sobre o:



O império trapalhão

(publicado no Correio Brasiliense em 25 de novembro de 2001)



Armando Mendes - armando@correioweb.com.br



A notícia apareceu há duas semanas e sumiu em dois ou três dias. A recontagem dos votos da Flórida na eleição americana do ano passado, encomendada por um consórcio de jornais e redes de televisão, confirmara a vitória do republicano George W. Bush.

Não é bem assim. Uma leitura paciente das longas reportagens e análises publicadas na imprensa americana revela que Bush venceria uma recontagem limitada por uma interpretação estreitamente legalista. Mas numa apuração ampla de todos os votos duvidosos, é muito provável que o candidato democrata Al Gore ganhasse a eleição.

O país mais rico e poderoso do mundo, o único império global deste começo de século, tem, portanto, um presidente suspeito de ilegitimidade. É difícil dizer o que é mais espantoso: se a incapacidade do sistema eleitoral americano de apontar o vencedor da eleição, ou se a rapidez e a quase unanimidade com que o sistema judicial e grande mídia trataram de passar por cima do fiasco e proclamar Bush presidente — praticamente no grito.

O que o consórcio descobriu é que Bush teria mesmo vencido uma recontagem parcial — limitada a cerca de 43 mil votos — ordenada pelo tribunal estadual da Flórida. Mas se fossem apurados todos os mais de 175 mil votos rejeitados no estado pelas máquinas de apuração, por causa de dúvidas sobre a intenção dos eleitores, Gore teria vencido por margem estreita.

A conclusão se baseia nos critérios de interpretação dos votos estabelecidos por estatísticos e apuradores independentes consultados pelo Centro Nacional de Pesquisa de Opinião da Universidade de Chicago, a organização contratada pelo consórcio para fazer a recontagem.

Quer dizer, a vitória de Bush só foi confirmada nos limites das disputas judiciais em curso depois da eleição, que não consideravam todos os votos duvidosos. Mas qual é a finalidade única de qualquer sistema eleitoral? É apurar a vontade política de toda uma população. E a provável vontade da maioria dos eleitores da Flórida, a recontagem indica, era eleger Al Gore.

À luz desse conceito, falharam duplamente as instituições americanas. Falhou, evidentemente, o complicado sistema eleitoral indireto, e falhou também o sistema judicial, que não permitiu a correção do erro anterior.

Não é grande consolo, mas se George W. Bush levar mesmo a cabo todas as barbaridades globais que iniciou, já sabemos quem são os culpados.





Leia também: Superação de limites -- 19/04/2003 - 03:06 (Ricardo Oliveira) Primeiro a lição de casa... depois, o Mundo.



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