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Cartas-->CARTA DO DORO -- 26/12/2004 - 08:31 (LUIZ ALBERTO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Repúmbrica do Brasiu, dia de hoje do mês e ano vigentes, a quem mai interessá possa.

Sinhô, Luiz

Istou puto da vida e injuriado com o sinhô.

Quano cunheci o sinhô, aiguns ano atrás, pencei qui fosse um daqueles gente de bem. Mai, num é, inganei-mi cum a cô da xita.

O sinhô foi a indecpição qui consiguiu me deixá mais raso qui bosta de cachoro num pinico enfuleirado.

Arriconheço qui o sinhô me ajudou muito, tanto com aigum trocado de minxaria pro sustento e necessidades estuporadas, quanto na chegada no auxílio da parentada.

E pru causa disso o sinhô mi inrolô e consigiu arrancá de mim as minhas estripulias qui já tão na conta do arripendimento e perdoado pela santa mão do Padi Bidião, esse sim, hômi de deus e di aima iluminada.

Mas,sinhô Luiz, isso num dá ao sinhô o direito de fazê eu passá as humiações e mangação qui tô seno acochado em todo canto que vô, por causa das sua invencionice comigo no seu buqui fajuto.

Quano contei minhas estóras foi pra sirvir de exempro e não pra o seu enriquecimento à custa dum trabaiadô decenti, crente em deus e indedicado cuma eu sou.

Sei e tô sabeno qui o sinhô tá inricando mermo com a minha disgraça.

O sinhô qué acaba cumigo? Só seno.

Até minha muié, a Marcialita, tá cum riso frouxo na cara pro causa dos seus inscritos. E ninguém mai confia neu. Só zombaria e disse-me-disse.

Se eu asoubessi qui era assim, eu mermo tinha iscrevido minha biografia, pois sô inscritor meiór qui o sinhô é e pensa.

Num mando agora o sinhô se lascar proqui sou indicado e num quéru me abaixá ao seu níve.

Maisi, tô aprovidenciano adevogado pra acioná o sinhô na injustiça pumbrica prá mi indenizá pro tudo de dano morá e pessoá qui instou sofreno por sua causa.

Destá, deus tá veno qui vou tomá cada centavu qui o sinhô ganhá nas minhas costela.

Como eu mermo digo: chapéu de otáro é marreta. Mas o sinhô quis me fazê de otáro, mas o otáro será o sinhô, seu fio da puta!

Tumbém vô me ajuntar ao Tolinho e ao Bestinha qui estão tumbém murdido dos poicos cum o sinhô, pra genti aprontá uma do sinhô nunca mai se metê a besta pro banda da genti.

E aviso mai: eu mermo vô inscrever, poi sô inscritor dos bom, não cuma as poicaria que o sinhô iscreve a meu respeito e dos outros, e vô mostra quem é gente de bem, trabaiador e decenti qui o sinhô num é, amostrano qui Doro é Doro e não as cafajestice qui o sinhô inventô nas sua inrolação.

E vô ajudá a Tolinho e Bestinha a fazê sua caveira, amostrano seus pôdes, suas safadices e maloqueragi, pro sinhô vê quanta canoa eu faço com um só pau.

Aguardi e verá, seu sinhô duma pinóia. Aí vai vê o que é maribondo azuretado inchando seu cuiões.

Podi imprepará suas midida num caixão: será a vorta do enterro pras suas bandas, viu?

Destá.

Açaçinado a rogo: Doro, o murdido e injicado.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.

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