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Teses_Monologos-->Vamos Dar Mais Uma Chance à Paz -- 28/04/2004 - 19:00 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

NÃO PISE NA GRAMA
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Dizem que a grande violência começa com pequenas violências. Acredito na premissa. Além de razoável, este pensamento possui sustentação lógica. Por isso, sou forçado a concluir pela procedência da assertiva. Seria algo mais ou menos correlacionado com afirmação de que toda longa caminhada começa, sempre, com o primeiro passo.

E violência, todos sabemos, tem várias facetas. Desde a violência que sangra e que mata - a violência física - , até a violência que atinge a alma; a violência que humilha ( como o desemprego, por exemplo); ou a violência que cerceia a própria liberdade de pensamento: como os regimes ditatoriais...

E esta última violência – o cerceamento da liberdade - parece, paradoxalmente, que resolveu montar barraca nos campos gramados da Usina de Letras. E que vem desbotando o verde de algum tempo atrás; sugerindo um gramado cada vez mais voltado para o marrom ou para o cinza; sem o brilho e sem o movimento e a dinâmica de outrora.

Há um evidente clima de descontentamento e de apatia entre os freqüentadores que ainda teimam em passear pelos espaços públicos desse sítio literário. Muitos já partiram. Outros arrumam as malas. Alguns estão em compasso de espera: em estado de greve. Desmotivados.

Há um processo de desunião silenciosa em curso. De repente, as pessoas que, diariamente, faziam suas caminhadas pelo parque de sonhos, trocando idéias e versos com seus pares, perderam a capacidade de convivência civilizada. De tolerância. De discutir as idéias, sem invadir o campo pessoal.

Grupos - e até pessoas, individualmente - resolveram deixar de lado os objetivos insertos nos objetivos iniciais desta página literária, para concentrar suas atenções nos aspectos que julgam negativos em relação aos seus colegas.

Creditam, alguns, dito comportamento, à liberdade de expressão, que, evidentemente, deve ser preservada, mas que, no caso em tela, não guarda correlação com os fatos. Primeiro, porque não existe liberdade absoluta. Segundo, porque liberdade só existe para o bem; não faz sentido a liberdade para o mal. Como, por exemplo, fazer julgamentos precipitados; provocar, ferir e ridicularizar. Há que se respeitar, sempre, o pensamento e a opinião alheios. Não cabe, no meu modo de entender, voltar-se, as pessoas, diariamente, lançar críticas sobre a religião, as opções sexuais, a idade, a raça, enfim, dos nossos parceiros e amigos de letras; com o único propósito de denegrir e ferir a imagem de seus semelhantes.

O desfile de vaidades, inveja, ignorância, tem sido, infelizmente, e atualmente, muito constante no site. Está passando da hora de os responsáveis analisarem os fatos e assumirem uma postura mais condizente com os objetivos desta usina de letras. Sob pena de sua falência. E quando se perde um espaço dedicado à cultura, estamos andando para trás. Jogando oportunidades de crescimento – na acepção ampla do termo - na lata do lixo.

Não vejo outra saída. Temos que assumir nossos erros e compartilhar responsabilidades.

Estão pisando na grama e desfigurando o verde da esperança que caracterizava este espaço; espaço reservado ao público interessado em plantar e/ou admirar árvores e flores que nasciam dos galhos de versos e pensamentos os mais variados; que faziam parte dos sonhos de tudo que aqui se plantava.

E pior: tem gente que ainda traz os seus cães ferozes - e sem mordaça - para morder as pessoas que por aqui passam; ou para sujar o gramado, com as fezes de seus cães: mal alimentados e mal treinados para a boa convivência. Que começa com respeito pelo próximo. Seja ele quem for.

Faço, por último, um apelo aos amigos; contribuintes ou não; e aos responsáveis pelo site: está em jogo um espaço reservado à poesia, à troca de informações e ao entretenimento positivo. Não que seja o único. Ou o melhor. Ou o pior. Mas pelos seus objetivos: cultura, arte, informação, amizade e entretenimento. Por isso, todos devemos refletir sobre o assunto. E encaminhar reclamações e sugestões a quem de direito. Com honestidade de propósitos. No sentido de que algo deva ser feito. Talvez uma coleção de acordos de boa convivência. Sei lá! Qualquer coisa valeria à pena.

Não podemos é permitir - em nome de uma pretensa liberdade de expressão - que o site caminhe para a extinção, pura e simples. Como um negócio que faliu. Por falta de lucratividade. Por conta de algumas pessoas que agem como se estivessem dentro do banheiro: no esconderijo da impunidade; apostando na virtualidade do sistema para pegar o resultado de suas necessidades íntimas, e jogar na cara de todos nós. Vamos respeitar as placas do bom senso que dizem: Não pise na grama. Pode fazer mal à paz de que tanto necessitamos.

26 de abril de 2004


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