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cronicas-->ENTÃO É NATAL -- 23/12/2008 - 11:49 (JOÃO BOSCO LOMONACO MENDES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Faz é tempo, sim. Que não vivo com intensidade o Natal.

A última vez foi em 2002. Depois, nunca mais.

Era a família que se reunia para comemorar o nascimento de Cristo. Depois da Missa. Que, outrora também, se chamava Do Galo. Mas que, aos poucos, também ela, se foi afastando do horário normal das comemorações. Consequência do progresso. Que trouxe a violência. Assaltos. E descompassos nos festejos de fim de ano.

Tenho fotos sim. Da família inteirinha na ceia de Natal. Mais o novo filho: o genro que entrou na família.

No ano seguinte não mais houve festas. Ou comemorações. Não havia mais família reunida. Fisicamente. Só espiritualmente.

Porque a mãe partiu pro Pai. As filhas foram chamadas para cumprir sua missão. Casadas. Compondo novas famílias. O filho, aproveitando o fim da juventude. Unido aos amigos.

E a partir de então vivo o meu silêncio. Que descrevi em décadas passadas. Assim:


O SILÊNCIO

Ele é cruel,
às vezes,
e faz muito sonhar.
Sonhar
com coisas tantas,
sonhar
com coisas tontas
até desesperar...
O silêncio
das folhas caídas.
O silêncio
do vento parado.
O silêncio
das cartas caladas.
O silêncio
que não quer falar.
Falar do passado
das coisas vividas.
Falar do presente
das coisas amadas.
Falar do futuro
das coisas queridas.
Ele é cruel,
o silêncio calado
que não sonha
com as coisas passadas,
que não vive
as coisas amadas,
que não sente
as coisas queridas.
Ele é cruel,
às vezes,
e faz muito sonhar,
o silêncio calado.


Meu melhor presente deste Natal veio-me por este soneto. Através do Google. Onde me pesquisei. E lá vi que a Fefa - uma adolescente de qualquer parte do Brasil - me leu e me colocou em seu Blog. No meu Silêncio.

Obrigado, Fefa. Que você tenha um Feliz Natal, agora, em 2008!

O silencio é bom. Faz pensar.

Porque triste é sentir-se que o Menino Deus não é mais lembrado. Na profundidade de seu significado. Deus encarnado. Que se fez homem. Esquecido entre os homens. Pobre. Sem lugar para nascer. Sem parentes torcendo pelo nascituro. Sem avós ao lado para ovacioná-lo. Fotografá-lo. Filmá-lo. Mas que veio ao mundo com uma missão. Clara. Única. Definitiva. De salvar-nos. A TODOS. Sem exceção.

Esta é a comemoração.

Mas o "bom velhinho" veio. De vermelho. Barbudo. Barbas brancas. Em cima dum trenó. Coberto de neve. Mesmo nos trópicos. Para distribuir presentes. Como se fosse dono da Festa. Safadamente. Enganando a todas as crianças. Mesmo aos pais inocentes e desavisados. Entrando pela chaminé. Mesmo de casas que nunca a tiveram. Deixando rastros. Só aparecendo ao vivo nas praças dos shoppings. Para ser fotografado. Esbanjando generosidade. Falando empoladamente enrolado. Ho!Ho!Ho!

Porque não interessa ser entendido. Afinal a festa não é sua. Foi tomada. Oportunamente. E ele é quem aparece. No aniversário da criança. Cuja divindade ultrapassa suas trapaças. De generosidade para alguns. E de esquecimento total para com os que precisam de fato. De fé. De amor. De solidariedade.

Parece com o Brasil do Século XXI.

Que Deus nos abençoe!

Então, é NATAL!

Feliz Natal pra todos! Feliz Natal!


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