Pai repara que a gente tá barbudo, nunca!
Mãe olha e já dá aquela... cutucada – tem alguém doente nesta casa, pode fazer esta barba tá ridículo.
Pai espera a gente chegar tarde, só se for prá bater ou xingar.
Mãe não, ela deixa a luz acesa, finge que tá dormindo no sofá e quando a gente faz um barulho na fechadura, ela já passa a mão no rosto e pergunta – quantas horas são? Onde você estava? Com quem você estava? Por que você demorou? Depois de todo esse interrogatório ela pergunta – Você bebeu? Fumou? Quer comer alguma coisa eu esquento? Vai tomar um banho e dormir!
Pai vai em reunião de escola? Pode até ir, mas vai puto.
Mãe vai e sai dizendo – Vou saber o que você aprontou desta vez?
Pai sabe o nome da namorada da gente?
Mãe pode até não saber o nome dela, mas a mãe dela ela conhece ou já ouviu falar dela.
Ser for gente boa ela carrega água na peneira, mas se for tráia... ela joga umas indiretas; Ela estuda? Ela faz o que? Isso não está me cheirando bem?
Pai fica chateado quando a gente termina um namoro ou relacionamento?
Mãe fica, e fica tentando melhorar o astral – Você arruma coisa melhor! Coitada dela não sabe o que ela perdeu?
Pai visita filho na cadeia?
Mãe se pudesse iria todo dia, mesmo que o filho seja um assassino confesso. E aí! De quem falar mau dele.
Pai guarda pedaço de bolo de aniversário prá gente?
Mãe come um pedaço e guarda outro no guardanapo.
Pai cura machucado da gente?
Mãe adoece, fica doente.
Pai dá colo prá chorar?
Mãe é o colo.
Amante a gente mostra pro pai.
Mãe não aceita traição. Ela pode até não gostar da sua mulher, mas ela acima de tudo é mulher.
Deus é mulher, mas tem “mulher do capeta” também!
Autor: Marco Túlio de Souza
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