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cronicas-->Natal de crise? -- 21/12/2008 - 18:43 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Natal de crise?


Natal de poucos presentes. Será mesmo? O mundo ainda está tossindo devido à intoxicação produzida pela fumaça negra da última crise e assim caça o ar da sobrevivência. O comércio parece querer permanecer dormindo e sob o lençol da cautela, do que anunciar à sua clientela que tudo vai bem.
Papai Noel de saco vazio nem tem graça. Mas, se olharmos para o Natal dos nossos irmãos catarinenses veremos que o nosso será um esplendor. Depois dessa crise, o mundo financeiro virou uma tábua de vender pirulito, só que ainda restam vários deles no tabuleiro e, o que pior, não aparecem os compradores para as guloseimas. E tudo vai ficando amargo e a solução para que não venhamos a sofrer outra dessa fica ainda mais obscura. Fala-se em organizar as finanças globais, retirar delas uma tal liberdade de ação que havia e passarmos todos a viver uma fase nova, pós-reflexão, sem muita neura na oferta de crédito e na especulação fantasiada nas commodities.
O Natal no Brasil não deverá ser tão magro. Nossa economia vinha guardando presentes e demitindo papais-noéis há anos. Parece até que estava adivinhando os ventos que trariam essa última crise até nós. Portanto, há presentes suficientes na economia nacional para encher dois sacos, mas apenas um Papai Noel deverá adentrar as chaminés do tesouro nacional e passar pelas ruas do comércio.
A atualidade tem nos posto a provas severas, de fogo nada manso. Temos ficado vulneráveis das queimadas à falta de crédito. O clima tem sido o catalizador de nossas mais problemáticas e sérias agonias. E, como caranguejos, nós vamos andando para os lados, para trás etc.
Papai Noel vai necessitar de muito jogo de cintura. Deverá participar de um Natal diferente onde de tudo poderá acontecer um pouco. Como ele virá de trenó, não deverá reclamar do preço dos combustíveis no varejo apesar de o barril do petróleo ter desabado depois da crise. (Será que foi o preço do petróleo, altíssimo, o vilão dessa crise?) Eu desejaria saber quando o já possível carro movido a água estará cruzando as distàncias reais de nossas rodovias. Os países exportadores de petróleo deixarão? Acho que não. É por isso que o Brasil está caçando, até no escuro, créditos para continuar promovendo seus trabalhos de prospecção e produção de petróleo. Afinal, água temos até demais e na flor da terra. Os combustíveis fósseis representam a maior parte do crédito mundial e, acredito eu, manter-se-á o comando dessas decisões com mão de ferro no tocante às escolhas de qual ou quais serão nossos combustíveis em médio e longo prazos.
O Natal nós teremos, independentemente de qualquer crise, maior ou menor, passada ou presente. E como sempre, estaremos falando para nossos filhos ou netos acerca do bom velhinho, presenciando uma farta ceia e trocando presentes. O tamanho do Natal que teremos, isso sim, é resposta que não se acha hoje fácil à frente do mais luzidio holofote da lógica do entendimento.
Que cheguem o Natal, o velhinho, os velhinhos e todos os outros sonhadores de plantão! Se não tivermos violência nas ruas, poderemos dizer que a crise foi menor do que o amor que ainda creditamos na vida. Creio que poderemos dizer a muitos: Feliz Natal! Agora, quanto a dizer um "próspero Ano Novo", isso é dilemático, quase profético e não saberia dizê-lo ainda. Deixemos que o Natal chegue. Primeiro ele, depois 2009! Haveremos de encontrar os acertos requeridos para os nossos desacertos do passado recentíssimo.
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