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Infanto_Juvenil-->* Cãozinho fiel -- 28/10/2005 - 09:44 (Carmen Helena) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Duque

Karina brincava em uma banheira com água na garagem que era também a entrada de três casas construídas naquele pequeno terreno de seis metros de frente por vinte e cinco metros de fundos.
Brincava de bater o seu patinho de plástico na água enquanto dava aqueles gritinhos que as crianças gostam de dar antes de aprenderer a falar, misturados com aqueles balbucios dá,dá,dá.
Acho que aquilo era uma das coisas que ela mais gostava de fazer tendo como guardião o velho Duque,amigo da família desde antes que eu dela fizesse parte.De vez em quando abria os olhos, abanava o rabo e dava uma coçadinha no corpo com uma das patas traseiras.
Esse cachorro no fundo era muito do vira-lata mas se a gente olhasse bem, tinha um certo quê de nobreza.Lembrava um pouco o porte de um dálmata misturado com uma leve aparência de uma outra raça que agora me esqueci o nome.Quero dizer, nem tanto assim, era só, apenas mais ou menos assim.
Quando queria ir para a rua, ia ao portão e latia até que alguém abrisse o trinco para ele sair.Daí o vagabundo, como meu marido o chamava, perambulava o bairro todo até cansar, brigar ou sentir fome.Então latia, latia até que alguém fosse atendê-lo.
Morri de rir em um dia que ele me escoltou até a igreja.Eu, toda hora mandando ele voltar porque tem umas ruas movimentadas para atravessar no percurso da minha casa até lá.
Teimoso, ele não obedeceu.Foi dar uma cheiradinha e fazer um pipi e nisso, entrei na igreja pela porta de vidro que se fechou.Quando ele foi entrar deu uma baita cabeçada que saiu ganindo de dor,coitado.Fiquei morrendo de dó do bichinho mas não deu para segurar a risada no santo e reverente templo.
Mas cachorro tão fiel que era deitava bem no tapete que eu colocava na única porta de entrada da minha casa de quarto e cozinha,e quando eu queria sair a única coisa que funcionava era jogar um pouquinho de água nele.Tenho uma foto que ele aparece assim enquanto eu seguro minha filha no colo.
E quando eu ia trabalhar!Por mais que eu mandasse ele voltar, estava lá ele, imponente me seguindo.E eu, que me afastasse das pessoas porque se alguém andasse perto de mim ele começava a latir para que se afastasse.
Bonzinho, deixava as crianças montar em cima dele,puxar suas orelhas,deitar e rolar...
Até que um dia ficou doente,quietinho num cantinho,uivou a noite toda e quando amanheceu... o Duque já estava morto.
A Luciuz falou que tinha um pronto socorro de cachorros mas ficava tão longe...Esse nome bonito dela foram as freiras do orfanato em que ela foi criada por um certo tempo lhe deram.
E foi assim que ficamos sem o nosso fiel cão.
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