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Artigos-->Verdades e Enganos do Amigo João de Freitas -- 20/04/2003 - 17:29 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Verdades e Enganos do Amigo João de Freitas Pereira





Admiro os textos do amigo João de Freitas, notadamente quando ele se coloca contra determinados vícios, como o tabagismo, por exemplo. Respeito, portanto, e obviamente, suas opiniões; e, do mesmo jeito, não concordo com alguns de seus pressupostos.



Um deles, por exemplo, refere-se ao seu entendimento sobre a existência de Deus, em artigo publicado nesta data. Num ponto ele tem razão: A verdade sobre a existência de Deus é evidente por si só. Basta, para tanto, olhar à nossa volta os encantos da nossa mãe natureza e a própria complexidade do ser humano. As cores, as formas, os movimentos e o brilho das coisas. As montanhas, as florestas, os animais, as aves, os peixes, o homem. E a perfeita e complexa relação e correlação existentes entre elas. As nascentes dos rios, que descem as serras ao encontro do mar, deixando um rastro de vida e beleza nas margens por onde passa.



Tudo de errado e de ruim que acontece cá na terra, infelizmente, é por culpa do homem. Justo aquele que mais deveria preservar a natureza, que é a razão de sua própria existência. Parece que o diabo existe para isso. Para se contrapor à obra divina. Uma contraposição às avessas, posto que não traz nenhum benefício para o homem. Ao contrário. Só tem trazido guerras, poluição e sofrimento.



Não vejo necessidade de comprovar a existência de Deus. E acho, inclusive, inoportuna a polêmica ser levantada na época da Páscoa. Da Ressurreição de Cristo. Até porque, as questões de fé não se confundem com as terrenas. É um engano raciocinar nesses dois níveis, como se as premissas e conclusões pudessem encontrar suporte lógico adequado.



Depois, mais importante do que saber ou provar se Deus existe ou não, é seguir os Seus ensinamentos, deixados cá na terra por Cristo. Aos cristãos, de modo geral, não interessa a autoria do texto. Se o conteúdo estiver correto, por que não adotá-lo?



Quando agente gosta de um livro, não se está, necessariamente, gostando do autor. Que deve ter outros livros menos interessantes. Mas aquele conteúdo falou dentro de nosso coração. E assim é o caminho da fé. O caminho está traçado. Não há que discutir quem preparou o asfalto.



Isto parece até coisa do anticristo. Que já escrevi algo a respeito. E que volto a insistir no tema.





Fala-se dele com certo temor. Muito embora ninguém se preocupe em demonstrar a sua existência ou não. Talvez isso não dê notoriedade. Embora alguns alguns nem ao menos acreditem que ele exista. Outros são a sua própria semelhança. Mas o mistério sobre a figura do anticristo persiste. No seu livro “O anticristo: mito ou profecia”, Michele Dolz e Paulo Franciulli reúne uma série de curiosas e interessantes citações a respeito dessa figura tão macabra.



A primeira citação faz referência a um dos afrescos da capela de San Brizio, na catedral de Orvieto, datado de 1504, de autoria de Luca Signorelli, representando em sete cenas o fim do mundo.



O ponto central da composição é a figura de um pregador. Assemelha-se à imagem amplamente divulgada de Cristo. No quadro, Cristo aparece dando ouvidos a Satanás, que se encontra às suas costas, sussurrando alguma coisa ao seu ouvido. No plano de fundo, “realizam-se milagres de sabor evangélico, como a cura de um doente e algo que parece representar uma pseudo-eucaristia”. Mais à esquerda do quadro vê-se um anjo que lança do alto um personagem de belas vestes, lembrando as palavras do Apocalipse: “Foi expulso o dragão grande , a antiga serpente, chamada Diabo e Satanás, que seduz o mundo todo, e foi precipitado sobre a terra.”



Mais adiante, a referência nos dá conta da obra do escritor russo, Vladimir Soloviev, “Breve relato sobre o anticristo”, de 1900. Na obra , segundo os autores do livro que me serve de referencial, o escritor russo teria imaginado um futuro distante, o século XXI, onde a paz seria uma realidade, mas que um “difuso materialismo se terá apoderado das consciências e da cultura”. E poucos serão os que iriam aceitar as realidades espirituais. E eis que surgirá um homem dotado de qualidades excepcionais. “A sua viva inteligência sempre lhe havia mostrado a verdade dAquele em que se deve crer: o bem, Deus, o Messias”. E este homem, com tantos dotes, acabará por galgar todos os cargos importantes do homem do futuro. Será coroado imperador do mundo. Mas, no fundo, trata-se de um apóstata; “e não tardará a perceber que é guiado no íntimo por uma voz diabólica”.



O livro de Daniel, supostamente escrito no Século II antes de cristo, anuncia “a chegada de um inimigo vil, sem nenhuma dignidade real e que se proclamará Deus”. E há muitas citações a respeito, atribuídas ao próprio Cristo, como a seguir expostas:



“Olhai que não vos deixeis enganar, porque muitos virão em meu nome, dizendo (sou eu), e o tempo está próximo”. “Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e de revoltas, não vos aterreis”. “Quando virdes Jerusalém cercada pelos exércitos, entendei que se aproxima a sua desolação”. “Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes, os que estiverem no meio da cidade retirem-se, quem estiver nos campos não entre nela, porque dias de vingança serão esses, para que se cumpra tudo o que está escrito”. Ora o Senhor fala do fim do antigo Israel, ora das perseguições à Igreja, ora do fim dos tempos.



O Novo Testamento também é lembrado pelos autores fazendo referência ao anticristo: “A vinda (do iníquo) será acompanhada do poder de Satanás, de todo o gênero de milagres, sinais e prodígios enganadores, e de seduções de iniqüidade para os destinados à perdição, por não haverem acolhido o amor à verdade que os salvaria. Por isso Deus lhe enviará um poder enganoso para que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que, não crendo na verdade, se comprazem no o mal”.



É esse o retrato da figura demoníaca, que é definida como o verdadeiramente mau, capaz de incentivar e promover a deserção da fé, que deve preceder ao final dos tempos, segundo os textos bíblicos. Ele é a personificação da maldade humana. Mas, para nosso alívio, há fortes indícios, na própria história da humanidade, de que os anticristos e as suas falsas igrejas não vingarão, a despeito de, antes, causarem muito sofrimento e muita dor. Como disse Marx: “A eternidade não é outra coisa que uma imensa dor”. E os autores do livro concluem: “O mais doloroso para quem se revolta contra Deus não é o sofrimento físico, mas o desespero gélido e sem saída. A vida torna-se realmente essa ‘paixão’ inútil de que falava Sartre, e que o poeta Theodor Fontane pintou sentidamente: - Pouco a pouco, sem que nada o impeça, estreita-se o horizonte da vida, dissipando jactância e vaidade. A esperança, e o ódio, e o amor se esfumam, sem deixar do seu fulgor mais que um ponto final de obscuridade”. Mas por que tem de ser assim? Só teremos a resposta no fim da outra vida. Enquanto isso, resta-nos assimilar a lógica divina de Cristo: tomemos a nossa cruz e o sigamos. Sem descuidar do nosso dia a dia. De observar em volta. Onde estarão os anticristos? É até fácil descobrir. E evitá-los. Vejamos.



O diabo tem vários rostos. Geralmente formosos. Expressando ternura, compreensão e inspirando segurança. Ele é muito astuto. E muito inteligente. Veste-se bem. É perfumado. Não fala de sofrimento e de dores. Só fala de alegrias. De coisas “prá frente”. É cheio de charme. Está sempre na moda. Bons sapatos e bons relógios.



O diabo tem várias profissões. Pode ser um juiz de direito. Um juiz de futebol. Cartola da CBF. Pode ser um padre. Pedófilo ou não. Ou um médico famoso. Pode ser um grande empresário da construção civil. Tem muitos que são banqueiros. Muitos preferem a política. São governadores, deputados, senadores, vereadores, prefeitos e até presidentes. Tanto de nações em desenvolvimento como de grandes potências.



Servidores públicos de alto escalão tem aos montes. Na polícia, civil e militar, coronel, secretário de justiça, enfim. O diabo ocupa quase todos os cargos importantes de um país. Mas ele parece ter uma preferência por ser ministro responsável pela área econômica. Tudo indica que nesse cargo ele tem maior facilidade para fazer o mal à um grande número de pessoas ao mesmo tempo, com um mínimo de esforço.



E tem os diabos assumidos. Que não deram certo na vida e, por isso, resolveram assumir sua condição de seqüestradores, de traficantes de drogas, de contrabandistas de armas, de sonegadores da previdência social, do fisco, de pedófilos e de assassinos de modo geral, como os terroristas e alguns antiterroristas.



Mas, quando é preciso, o diabo se transforma em quase tudo. Em mendigo, por exemplo, para pedir esmolas e zombar da caridade alheia. Em candidato à presidência da república, só para não perder o hábito de mentir, de prometer o que não irá cumprir. Só para enganar a população.



Mas o diabo gosta de se passar por mulher. Pode ser loura, morena, negra, mulata, mineira, paulista, carioca, gaúcha, nortistas, nordestina, do centro-oeste, lá da esquina, japonesa, chinesa, não importa. Tem, apenas, que ser muito bonita. Muito gostosa. Muito charmosa. Muito poderosa. Muito sorridente. Com tudo em cima. Seios, pernas, coxas, quadris, cabelos, lábios, boca, mãos, pés, pescoço, bumbum, joelhos, orelhas e, ainda, muito cheirosa, muito mimosa, muito sedutora, muito rebolativa, muito carente, muito “caliente”.





E, finalmente, tem o diabo arrogante. Que não esconde seus objetivos. E os meios para alcançá-los. O diabo pedante. O diabo de gente. Que promove as guerras. São os diabos divergentes. Indiferentes ais gritos, aflitos, de toda a gente. O diabo consciente.





Prefiro outra versão. A dos cientistas que acreditam na existência de Deus.



Diria, preliminarmente, que a maior prova da existência de Deus é, exatamente, a incapacidade do homem de provar sua inexistência. Pelo menos, durante mais de 2.000 anos da Era Cristã, esta verdade tem sido incontestável. E não tem sido por falta de tentativas. Muitos cientistas e pseudos-intelectuais, por mera curiosidade, ou mesmo vaidade ou egoísmo, bem que tentaram. Mas, não obtiveram qualquer êxito.



O escritor Jorge P. Cintra, Doutor em Engenharia e professor de Filosofia da Ciência e da Técnica da USP, em seu livro “Deus e os Cientistas” – Ed. Quadrante, assim se pronuncia: “Segundo o mecanicismo, a pedra filosofal já não necessitaria de ser procurada (...) ela estaria dentro de nós mesmos, representada pela razão e pela ciência. (...) nada ficaria por explicar: era apenas uma questão de tempo. E, com a explicação científica, muito em breve a religião deixaria de existir ou pelo menos deixaria de ser necessária”. É o que supracitado escritor define como “Reducionismo Científico”.



No entanto, enfatiza o escritor mais adiante, que o afã de explicar todas as coisas pela via do “cientificismo”, é uma pretensão que vem se mostrando ao longo de tempo, totalmente descabida. Basta lembrarmos do dia em que o homem, pela primeira vez, pisava a superfície lunar.



Este feito científico, datado de 1969, e visto pela televisão por milhares de pessoas, ao vivo, foi o acontecimento mais importante do século. Falava-se que o feito iria causar profundo desgaste nas convicções religiosas. O tempo passou. E a religião continua, com suas verdades, imutáveis.



A única coisa que ficou comprovada, a partir daquele acontecimento, é que continua a intromissão, ingênua e irresponsável, de amadores e profissionais da ciência, movidos talvez pelo egoísmo e pela vaidade, em campos que lhes são desconhecidos, em especial o da religião, onde tentam descobrir “furos” para que suas teses contrárias à existência de um Ser Superior, possa dar lugar ao espaço pretendido por eles para substituir o próprio Deus.



La Place, por exemplo, “pretendeu atingir uma compreensão total do mundo a partir da simulação do universo, valendo-se de um sistema de equações diferenciais em função do tempo. O conhecimento de um estado inicial (a posição e a velocidade de todas as partículas do universo) e a correspondente solução das equações, teria como conseqüência a possibilidade de prever o futuro e de conhecer o passado com precisão.”



Esta afirmação, mais recentemente, foi levantada por outro cientistas, chamado Henri Poincaré, que modificou o argumento levantado por La Place para incluir o método dos elementos finitos e o cálculo por computador. “Referidas pretensões, como não poderiam deixar de ser, foram consideradas, posteriormente, inconsistentes e improváveis.” Seus autores teriam desconhecidos alguns detalhes importantes: de um lado, as limitações da própria ciência, e de outro, da própria inteligência humana. E, por fim, não menos importante, deixaram de levar em conta “a riqueza, a imensidão e a inesgotabilidade do mundo real”, conforme nos ensina Jorge P. Cintra, em “Deus e os Cientistas”, Ed. Quadrante, página 19.



Já o grande filósofo e matemático Descartes, reconhecidamente um dos grandes nomes da ciência de todos os tempos, tentou extrapolar suas convicções matemáticas para todos os ramos do conhecimento humano, chegando ao cúmulo de pretender realizar racionalmente o grande sonho do mundo antigo e medieval: a fonte da juventude. “Uma medicina matemática” haveria de permitir-nos viver para sempre, coisa que Descartes decerto almejava. “Nem será preciso dizer quem ganhou esta corrida contra o tempo. Descartes, como qualquer mortal, acometido de uma pneumonia aguda, faleceu em fevereiro de 1630.”



Diante da beleza e das maravilhas do universo em que vivemos, todos os homens sonharam, levantaram teses ou simplesmente admiraram ou escreveram sobre ele um punhado de versos, carregados de emoção. E alguns pensaram em dominá-lo, excluindo ou negando a presença ou a existência do Criador.



A mecânica e a astronomia conseguiram fazer muitas descobertas e previsões, descrevendo trajetórias, calculando posições de astros no espaço e explicando fenômenos até então surpreendentes e desconhecidos. Estes fatos, tal como Descartes havia feito com a matemática, levaram alguns cientistas a servir-se das teorias inseridas na mecânica para tentar explicar todos os fenômenos da natureza, chegando a conceber o universo inteiro como sendo um conjunto simplório de máquinas e mecanismos. Era o determinismo universal que negava a liberdade humana e a existência de Deus. La Place foi vigoroso adepto desse tipo de cientificismo. “Decorridos quase trezentos anos, os cálculos astronômicos ainda não explicam perfeitamente sequer o movimento dos planetas.”



O próprio Newton, fundador da Mecânica, reprovava alguns físicos por “excluírem das suas considerações toda a causa que não seja a matéria pesada, ou imaginarem hipóteses (puras elucubrações mentais sem apoio na realidade) para explicar mecanicamente todas as coisas”. Contrariamente aos que pensavam como os mecanicistas, Einstein afirma: “Não há teorias eternas em ciência. Sempre acontece que alguns fatos previstos pela teoria são dasaprovados pela experiência”.



Auguste Comte, depois de rejeitar a teologia e a metafísica, em suas pesquisas, deixou de lado o “porquê” das coisas para ficar somente no “ como”. As leis, e não as causas, seriam a única explicação válida para qualquer fenômeno. Com o passar dos anos, Comte foi se dando conta de que estava redondamente enganado. E passou a percorrer o caminho inverso do que tinha até então pregado em seu positivismo: partindo da ciência, passou pela filosofia para acabar na religião. No fim da vida, Comte sentia-se cada vez mais convencido da “santidade” de sua missão.



A conclusão de tudo isto é a de que “se se rejeitam a filosofia e a religião por não serem suficientemente científicas para explicar a realidade, acaba-se chegando a um mundo estranho, que destrói a própria ciência, substituindo-a por um sucedâneo de tipo filosófico ou pseudo-religioso que, no final das contas, não se justificam por princípios racionais ou científicos.



O autor de “Deus e os Cientistas” nos ensina que “todas as ciências são importantes: todas elas têm um lugar ao sol, e nenhuma pode ter a pretensão exclusivista de considerar-se a mais importante ou de querer impor o seu método às demais”.



Ao longo de nossas vidas, o conhecimento que adquirimos ou vem por meio da experiência direta ou através da confiança na palavra daqueles que nos transmitem as informações, ou seja, através da fé humana. :Para viver, temos que acreditar no que dizem os jornais, os livros, os professores, os cientistas, a televisão, o cinema, etc., naturalmente que para tanto necessitemos, sempre, praticar o exercício do bom senso crítico. O que não podemos, ou não devemos é, a todo tempo, nos colocarmos em posição de desconfiança, posto que, desse modo, não viveríamos. Dizemos isso para lembrar que a fé religiosa é também uma forma de conhecer. Significa acreditar nas verdades reveladas por Deus. Neste sentido, a fé não é uma luz no final do túnel. Nem uma confiança cega. É um meio de acesso a uma série de verdades que dificilmente seriam atingidas por outros meios.



“Contrariamente ao que pensam alguns, a fé não é, portanto, algo puramente subjetivo, emocional ou mesmo irracional, no sentido de ser totalmente absurda e incompreensível”. A fé, é, também, um ato de razão, que reflete e entende o seu conteúdo, “ainda que imperfeitamente, como aliás acontece com muitas verdades naturais”.



E continua o autor do citado livro: “As verdades da fé são supra-racionais, no sentido de que superam a nossa capacidade de compreensão, mas não são irracionais (contrárias à razão). Não existe uma ruptura entre a fé e a razão, mas sim uma harmonia e equilíbrio, como magistralmente o estabeleceu São Tomás de Aquino. A razão, trabalhando sobre as verdades da fé, pode chegar muito longe, como se vê pela evolução e pelo alcance dos diversos ramos da teologia”.



Entretanto, sempre haverá gente disposta a acreditar somente no que vê e no que sente. Sempre haverá, por conseguinte, os que permanecerão adeptos do materialismo. Para estes, vale lembrar que os conceitos de espaço, tempo, matéria, energia e vácuo, segundo o Dr. Jorge P. Cintra, já citado, têm um significado físico diferente dos seus semelhantes em metafísica. Por isso, não faz sentido falar de fenômenos físicos anteriores à criação do universo. Não cabe, portanto, insinuar qualquer elo causal entre a criação do universo e o famoso Big Bang, pois antes desta propalada grande “explosão” , já havia algo, ou seja, justamente aquilo que teria explodido. “O nada metafísico (a ausência de ser) não se confunde com o vácuo da física nem com a ausência da matéria, pois aí continua a existir alguma coisa, pelo menos o espaço físico”.



Outro falso mito é o de que os cientistas não acreditam em Deus. Este mito, além de ser falso, tem como objetivo maior, dar entender que todas as pessoas inteligentes e esclarecidas não aderem às invenções ou fábulas de religiosos. E que, esses gênios, os cientistas, por isso mesmo, já teriam chegado à conclusão inevitável que Deus simplesmente não existe. Uma grande balela, esta sim, de quem não tem argumento convincente para consolidar o seu desejo injustificável da não existência de Deus. Talvez, quem sabe, para evitar um confronto futuro com a verdade verdadeira, com a sua verdade, que é sempre aparente. A verdade que lhe interessa.



Não bastassem todos esses argumentos, arrolamos, em seguida, alguns pronunciamentos de cientistas famosos, de cujas capacidades intelectuais não podemos duvidar, contidos no livro que nos serviu de base:



Isaac Newton (1642-1727) – fundador da física clássica – “A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode”.





André Marie Ampére (1775-1836) – físico e matemático, descobridor da lei da eletrodinâmica – “A mais persuasiva demonstração da existência de Deus depreende-se da evidente harmonia daqueles meios que asseguram a ordem do universo e pelos quais os seres vivos encontram no seu organismo tudo aquilo de que precisam para a sua subsistência, a sua reprodução e o desenvolvimento das suas virtualidades físicas e espirituais” .





William Thompson Kelvin (1824-1907) – físico, pai da termodinâmica. “Estamos cercados de assombrosos testemunhos de inteligência e benévolo planejamento; eles nos mostram através de toda a natureza a obra de uma vontade livre e ensinam-nos que todos os seres vivos são dependentes de um eterno Criador e Senhor”.



Thomas Alva Edison (1847-1931) – inventor com mais de 2000 patentes, entre as quais, a da lâmpada elétrica. “Tenho enorme respeitok e a mais elevada admiração por todos os engenheiros, especialmente pelo maior deles: Deus!”.



Guglielmo Marconi (1874-1937) - físico, inventor do telégrafo sem fio, Nobel de 1909. “Declaro com ufania que sou homem de fé. Creio no poder da oração. Creio nisto não só como fiel cristão, mas também como cientista”.



Max Plank (1858-1947) – físico alemão, criador da teoria dos quanta. Nobel de 1928. “ara onde quer que se estenda o nosso olhar, em parte alguma vemos contradição entre ciências naturais e religião, antes encontramos plena convergência nos pontos decisivos. Ciências naturais e religião não se excluem mutuamente, como hoje em dia muitos pensam e receiam., mas completam-se e apelam uma para a outra. Para o crente, Deus está no começo; para o físico, Deus estás no ponto de chegada de toda a sua reflexão”.



Albert Einstein (1879-1955) – físico, judeu alemão, criador da teoria da relatividade. Nobel de 1921. “Todo o profundo pesquisador da natureza deve conceber uma espécie de sentimento religioso, pois não pode admitir que seja ele o primeiro a perceber os extraordinariamente belos conjuntos de seres que contempla. No universo, imcompreensível como é, manifesta-se uma inteligência superior e ilimitada. A opinião corrente de que sou ateu baseia-se num grande equívoco. Quem a quisesse depreender das minhas teorias científicas, não teria compreendido o meu pensamento”.



Werner von Braun (1912-1977) – físico alemão radicado nos EUA. Diretor técnico da NASA, responsável pela colocação do homem na lua. “Não se pode de maneira nenhuma justificar a opinião, de vez em quando formulada, de que na época das viagens espaciais temos conhecimento da natureza tais que já não precisamos de crer em Deus. Somente uma renovada fé em Deus pode provocar a mudança que salve da catástrofe o nosso mundo. Ciência e religião são, pois, irmãs, e não pólos antitéticos”. E: “Quanto mais compreendemos a complexidade da estrutura atômica, a natureza da vida ou o caminho das galáxias, tanto mais encontramos razões novas para nos assombrarmos diante dos esplendores da criação divina”.



Conclusão: “A ciência bem feita conduz a Deus”.



Domingos Oliveira Medeiros

20 de abril de 2003

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