Orós, natalidade de Raimundo Fagner, Pedro Augusto, Creusa, Maria Camburão... Tem sua poesia e topografia semelhante à cidade do Rio de Janeiro. Por ali muita gente mora no morro, a rádio do Artista, por exemplo, fica mais perto do céu, no bairro do Custódio. Meu filho também foi concebido em uma das ilhas do famoso açude. Logo abaixo do vertedouro da represa à margem direita do Rio Jaguaribe fica encravada a barraca de Maria Camburão, freqüentada pela socyte da cidade apreciadora do seu famoso cardápio: buchada, panelada, mão de vaca, sarapatel, tripa de porco na brasa e o seu prato principal tucunaré frito a moda da casa.
Certo dia, eu e meus amigos Bonfim de Chico Costa, Iran Carteiro, Fransquim Picareta, Papilim e Pato Roco, estávamos saboreando seus deliciosos pratos a troco de cachaça, coca cola e limão. Percebi que a mistura da cachaça tinha acabado e gritei: - Maria Camburão traga uma coca cola. A velha arregalou os zoi, pois as mãos na cintura e respondeu:
- Seu Ribeiro a coca cola acabou, agora só tem refrigerante.
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