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cronicas-->As Vias Secretas da Ternura -- 01/03/2001 - 00:36 (Fernanda Duclos Carisio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Minha mãe, um belo dia não sei bem porque, copiou o texto que vou reproduzir aqui e me deu para ler, com a incumbência adicional de entregá-lo também ao meu filho para que o lesse. Talvez alguém possa achá-lo meu piegas, ou lugar comum, mas eu achei legal. E, por incrível que pareça, meu filho também achou legal. Minha mãe tem 75 anos e é viúva - eu tenho 48 anos e meu filho 20. O recado que ela mandou com esse texto talvez tenha sido o recado que, durante anos, ela nos mandou em silêncio. Talvez seja algo que estava preso na garganta, ou talvez, simplesmente ela tenha achado que, agora, nesse momento, nós estávamos precisando dessa dica.
Mas chega de conversa fiada. Leia o texto da Erma Bombeck e se você também achar legal passe adiante...

"As vias secretas da ternura.
O que as mães não dizem sempre aos seus filhos.

"Tu não me amas!" Quem dentre nós, pais, não ouviu muitas vezes esta frase em pleno coração e não teve então vontade de se justificar?
Um dia, quando nossos filhos forem bastante grandes para compreender, eu lhes explicarei.
É porque eu te amava que te atormentava para saber onde tu ias, com quem e a que horas tu voltarias.
É por amor, que sem nada dizer, eu te deixava descobrir por ti mesmo, que tal amigo escolhido entre mil, não valia grande coisa.
Que eu te obriguei a voltar à mercearia para devolver um torrão de açúcar, confessando que tu o havias furtado.
Que passei duas horas a te fazer arrumar teu quarto, sabendo que essa tarefa não me tomaria mais que quinze minutos.
Que jamais fechei os olhos sobre tuas faltas ao respeito e às boas maneiras.
Que recusei muitas vezes o que, dizias tu, todas as outras mães permitiam.
É porque te amava que eu adivinhava tuas mentiras, quando tu me contavas que, em tal ou tal noite, haveria adultos presentes, e é por isso também que te perdoava quando minhas suspeitas se confirmavam.
Sim, é por amor, meu filho, que te deixei tropeçar, cair, para que tu aprendesses a andar.
Que te aceitei tal como és e não tal como eu desejaria que fosses.
É por amor, sobretudo, que tive a coragem de te dizer não, sabendo que tu me odiavas.
E isso, acredite, foi mais duro do que todo o resto."

dez/2000

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