Temos mais alguns informes de caráter pessoal para chegar a seu conhecimento. Sabemos que não são bem recebidos, mas, como verá, só alegrias lhe estão sendo reservadas por nós nestas missivas. Eis que é chegada a hora de sorrir de alegria pelo netinho que se prepara para chegar. Onde há amor, há sempre ternura, fé, confiança, e não seria de outro modo em lar bafejado por tantos e louçãos desejos de fraternidade e de harmonia.
Não se queira ver em nosso escrito nenhum meio de levar aos familiares nenhum atrito de idéias, de modo que possam as pessoas ficar desconfiadas de que estamos só querendo aproveitar da oportunidade para “escorregar” algumas idéias desconfortáveis.
Às vezes, existem espíritos que fazem isso, mas não é o nosso caso. Intuitivamente, você poderá ir percebendo que nós não temos nenhuma intenção de prejudicar a quem quer que seja. Não nos bote para fora, portanto, pois somos capazes de ir providenciar em outro lugar o que nos estiver faltando aqui. Não irá faltar onde encontrar mais amor e mais receptividade.
Onde quer que estejamos, iremos oferecer os nossos préstimos, pois achamos que somos muito necessários aos amigos encarnados. Eu providenciei ajuda a muitos que foram às encruzilhadas levar as suas velas, a sua aguardente e as suas “penosas” pretas. Não sei se você conhece lugar chamado de Encruzilhada da Morte. Pois bem, lá nós já desencarnamos muita gente que pensava que podia passar por cima dos “despachos”, com seus automóveis e motocicletas.
Eu acho que estou sendo censurada, pois não consigo dizer o que queria. Não vou deixar de dizer o que bem quiser...
COMENTÁRIO — HOMERO
A amiguinha que se aproximou do instrumento veio atraída por “armadilha” que inadvertidamente implantamos na consciência do amigo, quando lhe dissemos que podia dar curso às mensagens pessoais (ver “As mensagens de caráter pessoal”). Dada essa facilitação, aproveitou-se para tentar influenciá-lo, uma vez que não tolera que os humanos tenham a possibilidade de contatar espíritos amigos, frustração grande da última encarnação, quando, por mais que tentasse, jamais conseguiu compenetrar-se de que o que vinha fazendo era, na realidade, recebimento mediúnico de entidades e não simplesmente animismo, como sempre considerou.
Saiu do último encarne muito transtornada, de maneira que passou a ocupar-se da perturbação de ambientes em que se dão as incorporações, principalmente as de caráter doutrinal, que era o seu ponto mais fraco. Segundo o que pudemos perceber, trata-se de espírito sofredor muito ligado à família, pois, de há muito, vem oferecendo os seus “serviços”, sem que seja admitida junto aos médiuns em seus momentos de escrita espiritual. As causas dessa recusa não interessam ser desvendadas agora. O que podemos dizer é que, na primeira oportunidade que teve, tentou induzir o amigo a conjecturas de ordem subalterna, de molde a desconsiderar até os méritos do trabalho a que se tem dedicado, o que implicaria em desconfiança generalizada, inclusive dos princípios do socorrismo mediúnico.
Por isso, estamos satisfeitos por termos podido encaminhar a jovenzinha a instituição de recomposição vibratória, para que possa restabelecer-se, já que conhece bem diversos itens concernentes à imantação e à influenciação intuitiva. Se bem conduzida, a sua facilidade irá auxiliar no conhecimento dos meios disponíveis dos espíritos sofredores para entrarem em contacto com os encarnados.
Sentimos ter de negar o anúncio do neto, pois o que, na verdade, aconteceu foi que esteve presente em colóquio à mesa do amigo, em que foi comentado o texto de Roberto, o pescador. Quanto a isto, já foi feito referência.
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