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Cartas-->REBELIÃO SEM VOLTA - RECEBIDA DE UM AMIGO E RESPONDIDA -- 19/11/2004 - 22:46 (Joel Ribeiro do Prado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Subject: ENC: REBELIÃO SEM VOLTA.


Joel, leia e divulgue, é um pouco longo mas interessa a todos!!!!
ESTÁ EM ANDAMENTO UMA REBELIÃO SEM VOLTA
Gilberto Dimenstein, Folha SP, 25/07/04)

Começou a percorrer o país, na semana passada, uma notável lição de cidadania. É uma exposição, em praça pública, de uma série de produtos, na qual uma só idéia está à venda: a de que o consumidor não sabe quanto deixa para o governo ao comprar qualquer coisa - de um automóvel a um chiclete.
Ao analisar as placas com porcentagens grudadas em cada produto, o visitante da exposição saberá, por exemplo, que, ao adquirir um carro de mil cilindradas, terá deixado 44% para o poder público. Cada vez que enche o tanque com gasolina, são mais 53% em impostos.
Os organizadores dessa experiência, exibida no centro de São Paulo, apostam no seguinte: quando o consumidor, de fato, souber quanto o governo lhe tira diariamente, haverá mais pressão para que melhore o desempenho da administração pública.
Essa exposição é um detalhe pedagógico de um crescente movimento no país. "Está em gestação uma rebelião", afirma Gilberto Luiz do Amaral, advogado especialista em impostos, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.
A semana passada deu sinais de que há algo novo nascendo no país: uma inconformidade crescente, que envolve líderes empresariais, dirigentes de trabalhadores e classe média, todos contra a carga de impostos.
Sindicalistas foram a Brasília para pedir ao governo que baixasse impostos e, assim, ajudasse os empresários a criar mais empregos - assim seria possível, segundo eles, viabilizar o pedido de redução da jornada de trabalho sem diminuição dos rendimentos dos empregados.
Embute-se aí a percepção dos trabalhadores de que mais impostos significam menos empregos, o que vai muito além de reivindicações corporativas.
Diante da gritaria geral, o presidente Lula, na terça-feira, cedeu às pressões e voltou atrás: não vai mais aumentar a contribuição
previdenciária
Na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, anunciou um pacote que, supostamente, diminuirá em R$ 2,5 bilhões a carga tributária.
Talvez sirva para aliviar o crescente desconforto da opinião pública em relação à voracidade fiscal da gestão Lula.
Prepare-se: é apenas o começo!
A experiência do Feirão dos Impostos é apenas um ínfimo detalhe pedagógico no panorama de uma rebelião que, silenciosamente, sem manifesto nem porta-voz, vem sendo feita pelas centenas de milhares de pessoas que optam pela informalidade, ou seja, pela clandestinidade.
Uma coisa é os jornais informarem que, em 1988, a carga tributária representava 22% do PIB e agora representa 40% - o que é algo incompreensível para o cidadão comum. Outra é saber que isso custa, por ano, cerca de R$ 212 bilhões. E mais: saber que cada brasileiro trabalha quatro meses e 18 dias só para manter os governos.
Mais ainda: saber que a carga de impostos dificulta a geração de empregos e, conseqüentemente, inibe os aumentos salariais.
Trabalha-se cada vez mais para manter os governos.
E cada vez mais para comprar os serviços privados que, em tese, deveriam ser públicos. Está nisso a essência da rebelião.
Não está faltando muito para o indivíduo, ao comprar uma barra de chocolate, saber quanto está deixando para o poder público. E, ao sair do supermercado, irritar-se ainda mais ao ver o buraco da rua ou a criança abandonada pedindo dinheiro no semáforo.
Se cada cidadão soubesse que, por ano, dá quatro meses e 18 dias em impostos e ainda recebe tão pouco de volta - e não se esquecesse dessa conta, seria natural que a pressão pela eficiência pública fosse ainda maior. E a capacidade dos governantes de tentar tirar mais dinheiro, menor.
Para desespero dos poderosos, o que está em jogo é simples. É justamente o que se vê na experiência da exposição, em praça pública, de produtos, digamos, pedagógicos. À medida que a democracia se aprofunda, o cidadão vai conhecendo mais seus direitos.
Não dá para o governante confiar por muito tempo mais na ignorância de quem, além de trabalhar tanto e cada mais vez para sustentá-lo, ainda recebe pouco.
Está em construção uma nova agenda brasileira, na qual o desempenho do governante será medido pela eficiência administrativa combinada com o respeito ao contribuinte. Ou seja, gastar melhor com menos dinheiro.
PS - Uma medida simples e barata ampliaria enormemente o efeito pedagógico daquela exposição. Cada produto vendido deveria levar o valor dos impostos na embalagem e na nota fiscal. Seria uma implacável lição diária, a começar das crianças que comprassem um sorvete. Se dependesse de mim, eu daria a essa informação a mesma visibilidade das chamadas para os produtos perigosos para a saúde como as advertências sobre os perigos do tabagismo nos maços do cigarro.
Desculpe-me pela obviedade, mas o cidadão tem o direito de saber, em detalhes, quanto de seu dinheiro (e de que maneira) é usado. É a forma de os governantes não fazerem à saúde do contribuinte o mal que o fumo faz aos pulmões dos indivíduos.
COLABORE COM ESSA IDÉIA! DIVULGUE AOS SEUS AMIGOS!!! PRECISAMOS CERRAR FILEIRAS EM TORNO DESSA IDÉIA.

R E S P O S T A


Olá, Wilson!

O nosso problema começa na educação ou no mapa? No mapa está um Brasilzão com cara de pôster, pendurado meio que torto nesta América-do-Sub, mais de baixo, menos americana. Um Brasil-pôster que alguns pensam arrumar mudando o tamanho do prego. Enquanto isso, nas nossas escolas, com raras exceções, o ano letivo se compõe de dois períodos:o primeiro sem-mestre e o segundo sem-mestre; nos nossos veículos de comunicação de massa, o oferecido é: crime como informação, lascívia e chulice como entretenimento e descarrego como salvação. Enfim, temos tudo o que garante a perpetuidade dessa maldita ignorância à qual acaba se associando o Poder, até por falta de melhor parceria. Precisamos, sim, promover uma outra consciência e essa rebelião sem volta, que você oportunamente noticia, se perfila entre as ações purgativas que devemos estimular. Mas é preciso perceber que temos de ir muito além disso, que precisamos produzir em larguíssima escala gente de melhor qualidade, que de modo natural e progressivo crie ou descubra em coisas mais importantes do que futebol e carnaval razões para o orgulho nacional. Na escola, e já na pré, a primeira atenção terá de vir a ser para com a estruturação psicológica da criança. Esse indivíduo, assim tratado a tempo, descobrirá mais cedo a auto-estima e o que a ela melhor sirva como lastro, qualidades que o levarão a se comportar de modo positivo na própria escola e na família, ambas hoje detonadas a partir da confusão que se faz entre liberdade e libertinagem, sempre a favor desta última que, via-de-regra, anda de mãos dadas com todas as degenerações possíveis. Na minha ótica, a ordem em que as coisas devem ser recuperadas é: primeiro, a educação; depois, a família e, por conseqüência, a sociedade. Na bagunça em que vivemos, os impostos não seriam - logo eles?- mais justos. Há quem conheça a razão das contas, o que parece não haver entre nós é quem saiba fazer a contas da razão. Não me canso de dizer isto e não consigo resistir à tentação das oportunidades que aparecem. Perdão!

Um abraço!

Joel Ribeiro do Prado






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