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Artigos-->A ESPERANÇA NÃO ACABOU, MAS ENCURTOU... -- 17/04/2003 - 19:05 (Filemon Francisco Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A ESPERANÇA NÃO ACABOU, MAS ENCURTOU.







Filemon F. Martins





Antes de Fernando Henrique Cardoso, confesso, depositava minhas esperanças num Presidente oriundo de São Paulo. Porque São Paulo está acostumado a trabalhar, a empreender, a criar, a investir, a administrar com seriedade, com honestidade e seria, sob a óptica de um cidadão comum, uma administração exemplar no País. Não foi isso que aconteceu, infelizmente. Não me recordo em que jornal, mas li uma reportagem onde um colega de faculdade tecia comentários sobre o aluno FHC e descobri, tarde demais, que havia errado. Com certeza todos erramos. O Brasil merecia uma administração melhor.

Mas os longos oito (8) anos se passaram. Foi eleito agora, Luiz Inácio Lula da Silva, o homem cujo discurso sempre foi a favor do operário, do trabalhador e por isso foi respaldado com quase 60 milhões de votos. Nossas esperanças aumentaram no sentido de que poderíamos encontrar o caminho certo. O caminho do crescimento, do desenvolvimento, do apoio à agricultura, à indústria, à educação, à saúde, pondo um ponto final nas falcatruas, nas vantagens ilícitas, na corrupção que abala o País. Poderíamos crescer como povo e caminhar seguros para um futuro melhor. Mais empregos, transporte, saúde e educação. Esperava-se da equipe do novo governo mais empenho na busca destes objetivos. Ora, sem empregos, estamos perdendo espaço para o banditismo. Sem emprego, sem transporte e sem saúde não há como se trabalhar. E sem educação não há futuro. É preciso que o governo faça uma avaliação melhor e ponha o pessoal capacitado para trabalhar. A equipe de governo, parece, ser bem experiente ou será que ficaram deslumbrados pelo poder ?

Ocorre que, infelizmente, nestes poucos meses de governo, já podemos perceber que se a esperança ainda não acabou, está encurtando a cada dia que passa. Percebemos que o discurso é um, mas a prática é outra. Talvez, não porque nosso Presidente não tenha boa intenção, mas porque a máquina está viciada, contaminada, amarrada. Por que, então, não se implanta um sistema de segurança no Instituto Nacional do Seguro Social ? Por que não se acionam os Procuradores para receber as dívidas, por ventura, existentes ? Por que não se combate a sonegação fiscal ? Por que não se faz o mesmo nos órgãos de fiscalização e arrecadação ?

Mas nada tem sido feito para coibir os desvios de verbas, as falcatruas e a corrupção que grassa em todos os níveis da administração pública. Com uma “canetada” pretendem resolver e fazer as reformas tributária e previdenciária apenas para cumprir tabela. Os jornais e a televisão mostraram acordo com os governadores em torno das reformas, sem qualquer discussão com os trabalhadores, principais vítimas dos maus empresários e políticos interesseiros. Somos culpados pelo rombo, pelas mazelas e pela falta de segurança. Evidentemente, querem ganhar mais e pagar menos. O trabalhador que se dane, enquanto isso o dinheiro desaparece pelo ralo, como tem acontecido sistematicamente.

Estamos assistindo, Senhor Presidente, a continuação da nefasta política econômica neo-liberal de FHC. Aliás, pelo andar da carruagem, um pouco pior e mais preocupante. Os mesmos erros, a mesma retórica e a mesma submissão ao FMI. Para o povo não interessa ser bem visto em Washington e Nova York. Este filme já vimos na gestão anterior e os resultados foram medíocres. O que nos interessa é que o Brasil cresça e os brasileiros tenham uma vida melhor. Mas, não é isso que a equipe do governo está perseguindo. Ao contrário, pretende fechar acordos duvidosos e indecentes com políticos e governadores, enquanto nós, o povo, trabalhadores de todos os segmentos ficaremos do outro lado assistindo ao terceiro (3º) mandato de FHC, com um indisfarçável sentimento de desilusão.

Mas ainda há tempo, Senhor Presidente. Acorde e mude os rumos do seu governo. Não permita que a esperança dos brasileiros se desfaça e morra para sempre. Será uma pena, Senhor Presidente.





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