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Cronicas-->QUINTO DOS INFERNOS -- 11/11/2008 - 18:44 (Núbia Dutra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
QUINTO DOS INFERNOS

Tenho andado pelas ruas, simplesmente andando, sem dar por mim, sem dar por ti, sem dar por nós.

Penso que pequei. Penso que pecamos cada vez que saímos às ruas sem ver a beleza das arvores; andamos pelo asfalto sem nos dar conta que ali tem suor pesado de gente que trabalha; ouvimos o canto dos pássaros como se poluição sonora fosse, sem agradecer por sua comunicação cantada.

Olhamos as pessoas amassadas nos ónibus, sem agradecer pelo carro; cruzamos a rua quando olhamos o papelão que abriga o sem teto, esquecendo de agradecer a casa com paredes sólidas.

Esquecemos de agradecer a vida. Nunca nos lembramos de tratar os outros como se fossem nós mesmos.

E assim a tolerància se esconde por detrás do stress, e dos ditados populares: "pensar na vida não rende dinheiro", "tempo é ouro", quando tudo isso não passa de coisa de filósofo de mesa de bar, ou não?

Quem de nós acorda e vai até a janela agradecer ao sol, agradecer ao dia, sorrir por estar vivo? Enquanto tantos estão nos leitos vegetando através de aparelhos...
Quem de nós racionaliza e economiza as palavras cruéis direcionadas ao outro, quando nós mesmos não gostaríamos de ouví-las?

Quem de nós se priva de uma paqueradinha enquanto a cara metade trabalha para dividir o orçamento da casa?

Quantos de nós passam por esta vidinha de meu deus olhando o focinho de outro e esquecendo o seu próprio rabinho?

A verdade é que tratamos o mundo como se ele estivesse aos nossos pés e existisse somente para nos servir. Acabamos com a água, poluímos o ar, invejamos e matamos, tudo pelo poder.

Se acha que estou errada: comece a escovar os dentes com a torneira fechada e depois me prove que, ao morrer, todos não viram carniça.

Prove que você continuará lindo.

Aí então eu cairei aos seus pés, ó miraculoso!

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