Para Onde Vou?
Sigo meu distinto humanitarismo...
Isto é, ceder a simpatia pelos miseráveis...
Acolher os desgraçados, olhar com admiração:
Compreender com compaixão, áqueles que não se fartam,
do lado obscuro da escala social...
E no despenhadeiro da sua solidão, converte-se,
ao empenho que se fundem ao eco da comemoração, e da expressão...
Há que existir o momento da fusão.
Mesmo que muito além do tempo e da realidade...
Não redimo, só desistirei quando todos os créditos passarem:
e quando o deserto humano deixar florar a compaixão.
Quando os seres tomarem uma forma ideal,
será dado um nome finalmente...
Assim como os animais alados...
No labirinto em que, perde-se a consciência, povoa-se a intolerância...
No pensamento uni-se o sentimento do tempo,
finca-se à ausência do vazio e também do desconhecido...
Não houve intervenção do mal concebido:
Procriou-se, um mundo de pessoas,
louvado seja, como o mal necessário...
Um bem querer insuficiente e desconhecido,
bendigo vós, há que, manter-se na sobra do carvalho,
há que, deitar-me sobre as folhas, ainda que espinhosa...
Para deleito de minha soberania.
E quando o último animal alado pousar, estarrecido, descansará.
Um náufrago pressentimento, ainda atordoado de uma sociedade,
curva do sarcasmo, que predominou uma histeria, transvestida de ironia...
A redenção da justiça e a inteligência desgraçada:
Distribuirei um pouco do meu anarquismo e não darei a césar o que é dele...
Em hipótese alguma destituirei o enigmático ser que fornicou,
sorridente e atraente, contemplando a estranha invasão da fantástica obsessão:
O sedutor homem moderno, frágil e desvalido...
Um filho sem criador...
Um homem sem amor.
Autora: KaKá Ueno.
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