O Brasil é mesmo um país cheio de riquezas e disparidades. Faz-se jus o que dele dizem: um país dos excessos, dos extremos, multicolorido, onde pobres e ricos se abraçam. Enquanto aqui no Nordeste o governo tem que ofertar benefícios sociais em dinheiro para que os miseráveis não morram de fome e, pasmem, sobrevivam, nalgum outro Brasil dentro do mesmo, o STJ dá dinheiro para que seus funcionários gordos e obesos façam regime e percam peso; duas bocas e duas medidas. Dá para se acreditar?
Pelo que eu sei, os capazes fisicamente de votar não podem permitir que ninguém vote por eles. Nesse segundo turno das eleições brasileiras, o presidente Lula inovou: foi à cabine de votação com um de seus netos e deixou, voluntariamente, que ele votasse por ele. E isso pode? Como este país é diferente dos demais, em tudo e por todos! Com tantas diferenças, desse jeito vai terminar entrando nos livros dos recordes e confirmar o que dele dizem tantos, tanto.
Eu não conheço qualquer plano de controle de natalidade criado pelo Governo Brasileiro e em uso. Já somos muitos, justamente quando a biocapacidade do país está sendo ultrapassada. Levando-se em conta a do planeta, 22% dela estão comprometidos apenas com dois países: os Estados Unidos e a China. O Brasil ainda se acha na condição de credor ambiental, mas já está chutando o barraco com essa sua prática indigesta de devastação legal e ilegal exagerada de suas reservas florestais. O planeta e dentro dele o nosso país, já produz mais seres vivos do que mesmo pode sustentar. Os seres humanos já consomem 1,3 dessa biocapacidade. Mesmo que estejamos um pouco abaixo disso, não nos esqueçamos de que vivemos em uma bolha onde todos são responsáveis por tudo, conjuntamente.
Devemos ser poupadores de O2 e desestimulados a produzir CO2 em demasia. Se passarmos a ser devedores em absoluto, aí iniciar-se-á a nossa morte. Os efeitos daninhos do que fizemos até hoje com o meio ambiente já começaram a incomodar-nos e muito. O controle, desde a natalidade, deve ser rigoroso, mas responsável. As queimadas, os excessos de produção, os descuidos das autoridades, tudo isso deve ser repensado. E ainda a falarmos das adversidades neste país abençoado por Deus, mas que também tem o diabo como seu inquilino mais fogoso, lembrei-me do Prefeito de São Paulo, agora reeleito para seu segundo mandato. Vivemos numa democracia e a homossexualidade é coisa comum de ver-se Brasil afora. Disso todo mundo sabe. Mais recentemente, nos tremores que assolaram os bastidores da política naquele Estado, jogaram sobre Gilberto Kassab as dúvidas de sua masculinidade, como se ele necessitasse de seu aparelho reprodutor para governar São Paulo. Que país é este que, em pleno século XXI, dá espaço para esse varejo mal cheiroso, cheio de preconceitos e atrasos?
E por aí podemos ir até nunca chegarmos fartos de tudo na última parada de achamentos díspares que tivermos. O que poderíamos fomentar ainda nos é esquecido. Haja emoção! Haja Brasil! Haja contrastes e diferenças!
