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Artigos-->Cap. 15: D. Juçara confessa ter vivido com Zé da Banguela -- 15/04/2003 - 22:10 (Tobby Teófilo Teobaldo Túlio Tyler) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Assim que Aprígio chegou do Rio de Janeiro, D. Juçara me ligou pedindo para que fosse até a sua casa. Queria falar alguma coisa sobre Zé da Banguela a Aprígio, e estava com medo da reação dele. De imediato, deduzi que era a respeito do relacionamento amoroso que Zé e D. Juçara tiveram quando jovens.



Já no encontro, eu era o mais ansioso dos três. Dona Juçara, como era do seu feitio, não fez muitos arrodeios, indo direto ao assunto. Falou sobre Zé da Banguela, como o conheceu e, principalmente, da relação que mantiveram por quase dois anos. Sem papas na língua, meteu o sarrafo no finado, afirmando que ele a havia abandonado “sem êra nem bêra” com um casal de filhos para criar: o próprio Aprígio e uma menina, alguns meses mais nova, chamada Anabella.



Fiquei bastante surpreso com o fato de que havia mais um filho na jogada, ou melhor, uma filha. Tive pena de Aprígio. De uma só vez ficou sabendo que seu pai era Zé da Banguela, recém-morto violentamente na guerra diária do Rio (e a quem tinha apenas por amigo da família); e que tinha uma irmã com um nome esquisito, de salto de sapato feminino, que vivia no sul do Brasil com uma prima de Zé da Banguela desde os três anos de idade.



Atordoado com revelações tão bombásticas, Aprígio, em um primeiro momento, ficou mudo. Sentando-se numa cadeira posta no canto da sala, tirou do bolso um lenço surrado e enxugou os olhos marejados d’água. Em seguida, já aparentemente refeito do duro golpe, perguntou à sua mãe se sabia onde sua irmã morava. Dona Juçara disse ter ouvido de Zé da Banguela que a menina foi levada para Florianópolis, onde provavelmente viveria até hoje, porém não soube precisar o seu endereço.



Imediatamente Aprígio levantou-se da cadeira, olhou para mim e perguntou se eu gostaria de acompanhá-lo até Florianópolis. Respondi que não poderia ir por causa do trabalho. Não se fazendo de rogado, dirigiu-se até o quarto e, de lá, veio com a mochila que trouxera do Iraque ainda não desfeita. Em seguida, abrindo a porta que dava para a rua, fitou firmemente a sua mãe e desabafou: “Vou atrás da minha verdadeira família: Anabella”.



Por fim, Aprígio me pediu que levasse Nestor para minha casa, a fim de que ela recebesse um tratamento digno, pois, para ele, D. Juçara jamais soube cuidar sequer de seus filhos, o que dizer de sua amada poodle.



Assim foi que Aprígio partiu (com destino?) à Florianópolis, agora sem um tostão no bolso, mas com a esperança de encontrar parte da sua vida, ou ao menos o lado bom do que ainda lhe restava.



!!Próximo Capítulo: “Aprígio vai à Floripa a procura de Anabella”



//Fale com Aprígio: aprigio2003@bol.com.br

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