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cronicas-->A crise americana -- 02/11/2008 - 19:33 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A crise americana


Especula-se muito, atualmente, acerca do desenrolar dessa recente crise norte-americana, seus mais cruéis desfechos e até onde poderá ir infrenemente. É ela brutal e não tão efêmera como pensam muitos e que possa ser resolvida de tudo apenas com esse pacote de dólares anunciado pelo governo americano. Ela é bem maior do que esse instante descuidado, cheio de incertezas e débitos. A crise é globalizada e apenas pós os EEUU na berlinda da vez. Quem tossir poderá gripar. O medo é de que algum grande efeito seu possa vir a cronificar-se e afetar mais drasticamente ainda o andar da economia mundial doravante. É melhor redobrarem-se os cuidados e cuidar-se logo de consertar os maiores furos da rede para que a economia mundial possa continuar pescando e a pescar os peixes maiores, é claro.
Há os que acham que chegou o momento em que a economia norte-americana será defenestrada do resto da economia mundial e deixará de ser seu líder absoluto. A hegemonia económica diluirá tanto que a liderança dos dragões do norte será recomposta com um líder novo.
Eu de cá fico apenas a desentender o miolo dessa falácia toda. Alguém se esqueceu de que em terras americanas são produzidos alimentos e produtos para o resto do mundo. A economia americana tem, além de história, lastro denso. O tesouro americano, ao meu ver, continuará ainda a pór o tempero no resto da economia mundial, principalmente na cozinha dos emergentes. Quem quiser que se engane só e pense diferente desse contexto. A majestade continuará ao lado do rei por um bom período ainda. Ano que vem, quando sua economia voltar a crescer, veremos para que mar correrão seus dólares; estarão aquecendo outras economias e, com isso, se reaquecendo, em um feed-back difícil ainda de ser extinto. A América rica é bem hegemónica no que tange à sua liderança mundial. A Europa e a Ásia tremem ao sabê-la doente. A América Latina, pior ainda, interna-se em seu próprio medo de ser dizimada rio abaixo e por uma correnteza financeira que não pode ser controlada facilmente.
Segundo o FMI, essa fantástica crise americana custará a bagatela de aproximadamente 1,3 trilhão de dólares. Uma dinheirama besta. O Congresso americano já sinaliza e efetivou com uma ajuda parcelada bem aquém desse valor estipulado pelo FMI. Talvez fique em um pouco mais de 620 bilhões de dólares. Muito ou pouco, sei o que estão querendo pór à mesa. Veremos no que dará esse belo troco.
O que mais depreendo de toda essa crise, que não é apenas da América rica, mas do mundo globalizado, é que nenhuma economia se sustentará mais doravante sem a farta contribuição das outras, também globalizadas. O mundo nunca mais será o mesmo. O sistema de trocas exigirá mais de cada país isolado. Independentemente do regime de governo ou da cor de seus partidos políticos, quem quiser se estabelecer, enquanto nação comercial, terá que ceder terrenos em alguns sabores para poder ganhar novos terrenos noutros. O mundo é do tamanho do cifrão que estabiliza sua economia. Fora disso qualquer um isoladamente soçobrará perdido.
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