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Cartas-->ONTEM VI VOCÊ -- 02/11/2004 - 15:11 (MENDIGNO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ontem vi você...

Ontem vi você na rua. Estava de mãos dadas com outra pessoa que sorria, olhando pro mundo.
Fiquei observando você que, ao contrário dele não sorria. A sua fisionomia estava séria e taciturna Fiquei pensando, não era o que você queria? Então porque aquela sua cara amarrada, contrastando com o ar de felicidade de quem sentia na sua o calor da sua mão?
Parei por alguns momentos para voltar a um passado não tão distante. Vi-nos naquela mesma rua quando nós caminhávamos , não de mãos dadas mas sim abraçados, de corpos juntos no mesmo balanço de andar... Aí me veio sua imagem fagueira, seu sorriso aberto e brilhante,seus cabelos soltos ao vento.
Percorri os lugares onde estivemos, os recantos escondidos onde demos vazão aos nossos sentimentos, onde fizemos amor...Ainda em meus ouvidos vêm os seus murmúrios e com eles os seus tantos pedidos para que lhe fizesse um filho...
Era todo de mais que você desejava e eu estava sempre reticente em lhe atender o pedido...
O meu mundo esteve pequeno enquanto a tive comigo...Por bom tempo você me amarrou com a sua forma louca de fazer amor e o seu sentimento de posse... a sua cadeia não prendeu meus sentimentos porque não foi cadeia de liberdade, esta que retém e não prende e torna-se um porto seguro para onde sempre voltar...
Saí de você a duras penas... Saí de você, deixando cair algumas lágrimas, porque era preciso deixar com você a liberdade de realizar os seus sonhos, todos eles...
Mas vendo você ali, de semblante carregado, concluí apenas que aquele que lhe tomava as mãos estava sendo apenas um iludido com o brilho da sua beleza e o que é a sua maneira de fazer amor, mas que não faz como você, da maneira como fazíamos, pois fui eu quem lhe ensinou tudo o que você faz, que puxou de dentro de você o amor que é...
Meus olhos marejaram e a saudade me bateu forte.
Ah, mas quanta vontade de gritar, naquele momento - volta meu amor que eu lhe atendo o pedido!

J.W. de Macedo 20/03/04
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