AGORA PODE SER A SÍRIA
A questão iraquiana já foi resolvida. Agora sabemos que o Iraque não representava perigo algum aos Estados Unidos e até mesmo aos seus vizinhos. Mas infelizmente a verdade só vem a tona quando já e tarde. E na verdade nem vale mais a pena ficar discutindo os motivos da invasão americana. Ela já foi feita e concluída. Resta-nos, porém, aguardar suas conseqüências. O problema agora é outro que começa a germinar: as trocas de farpas entre os EUA e a Síria.
Desde a invasão do Iraque, os EUA vêm acusando a Síria de ajudar o regime de Bagdá. Agora que o regime caiu, o governo americano começou a endurecer suas acusações. Passou a acusar o governo sírio de possuir armas de destruição em massa.
Ora, já vimos esse filme uma vez e sabemos como terminou. Primeiro os EUA acusam o país de possuir armas de destruição em massa, depois forçam a aprovação de um embargo na ONU, em seguida condicionam o fim do embargo à destruição dessas armas, depois forçam uma nova resolução em que o país deve destruir as supostas armas ou enfrentar um ataque, e finalmente atacam com a justificativa de que não destruíram tais armas, mesmo que o país afirma tê-las destruído.
É claro que a Síria não é o Iraque. Seu poderio bélico e imensamente superior ao iraquiano. E talvez por isso os EUA relutem em atacar este país, mas do jeito que estão ávidos para acabar com todos aqueles que possam representar uma ameaça, não vão parar facilmente. É grande a possibilidade de assistirmos mais uma guerra entre os EUA e a Síria nos próximos anos.
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