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cronicas-->A Pedra Preciosa -- 29/10/2008 - 18:50 (flavio gimenez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ficamos juntos e os fogos da paixão desenhavam suas asas na escuridão. Pulsamos em vibração uníssona, nossos olhos se cruzaram várias vezes, me ví em meio ao furacão, em meio ao vendaval que nos arrasta de maneira irretocável.

Falta-me o fólego agora: Em meio à calmaria, você me surge assim, do Nada, do Vazio e como um Oásis, sangra as areias e faz surgir um Oceano. Meu fólego me falta, sinto a ponta de ciúme como um pequeno demónio, sinto as estocadas da culpa e do remorso, sinto as ondas de adrenalina me deixando a boca seca, os olhos enevoados. Como sentir isto de outra forma? Que posso fazer senão me acomodar, qual um espectador de minha própria angústia, de meu próprio medo de ser eu mesmo e esperar?

Ficamos juntos e foi como que uma enorme revolução, foi um debacle de minhas resistências. Você fez surgir a esperança, isto num homem já vivido. Nada vale a experiência contra os ditames de nossa dura vida, ela nos cobra as Rotinas, os Mandamentos da miséria do apenas existir, sem ser, do aparentar, sem nunca deixar de esperar por alguém como você.

Quando surge alguém assim, em nossa vida, primeiro duvidamos:
--Não pode ser. Será verdade? Será sonho? O que farei agora?

Depois, nos deixamos envolver pela luz que salta à nossa frente. Sim, porque já surge a luz do maravilhoso acontecimento. Depois vem o medo de estar trilhando um caminho já trilhado e os velhos demónios do passado que sussurram, "deixe estar, nem chegue perto, não é com você, nem pensar!"

Pois bem, ficamos juntos e foi como que um sonho percorrer todos os sábios segundos de seu corpo, percorrer os caminhos de tuas águas, sentir o perfume de seu sorriso, inebriar-me com o cheiro de teus cabelos.

Falta-me o fólego quando chego a pensar até onde fomos e imaginar o que poderemos ser; sinas de um moço que se acostumou à sensação de mesmice. Isto é um horror, a sensação de ser o mesmo sempre, sem a sensação da derrota, apenas a resignação do passar do tempo, irrevogável. Sei que sou o que sou por proximidade, quem poderá saber o que é por absoluto conhecimento? Pois ficamos juntos por puro merecimento..Você jogou pétalas em meu caminho cheio de pedras; uma deusa que pisa onde nascem flores de lótus nas asas arrebatadoras da transformação absoluta. Ficamos juntos e todo o seu contorno suave à meia luz me deixou a estranha sensação de já conhecer você mais do que a mim mesmo. (Estranho porque nascemos em épocas diferentes, absolutamente estanques e no entanto, a conexão se fez, como um resgate maravilhoso de tempos em que havia a harmonia, a felicidade como um vinho a ser bebido na fonte...!)

Agora me cabe esperar as portas que se abrem à frente e escolher os caminhos que se fazem nelas; pode estar aí o segredo de toda uma existência, a concha de tuas mãos abriu os caminhos de meu coração sofrido, aonde estarão as saídas só eu poderei saber, só eu mesmo poderei trilhar, quem sabe ao seu lado.

Dói o meu peito, numa constrição que beira o desespero, na ànsia de já haver trilhado o Caminho, para ao final da escadaria, encontrar você com seu sorriso maravilhoso! Você também sente isto? Você sente que num suspiro poderia me aproximar de você e suspirar em seu ouvido os segredos que nos dissemos?

Falta-me o fólego agora: Em meio à calmaria, você me surge assim, do Nada, do Vazio e como um Oásis, sangra as areias e faz surgir um Oceano, cravejado de diamantes.
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