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Erotico-->Os Amantes da Tarde! -- 17/03/2007 - 19:49 (Maria Emilia Pereira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os amantes da tarde

Eles estavam ali.. Frente a frente.
Parecia brincadeira... ou um sonho, talvez!
A grande verdade é que há mais de um ano vinham mantendo contato virtual
em determinados momentos do dia a dia.
Ele em seu trabalho, aproveitando alguns minutos de descanso e ela em sua casa nas horas de folga em que seu marido não estava.
Conversa vai, papo vem,
nas asas da imaginação que um teclado
pode permitir,
eles decidiram se encontrar.
Porque agora, passados quase 14 meses de um relacionamento às pressas, ainda tímido,
considerando o que ela apurou com suas amigas, que batiam papo de sexo pesado com seus amigos virtuais, o seu era ainda inocente.
O máximo que havia se falado entre os dois,
ela meio envergonhada de se mostrar na WebCam, ou de soltar sua voz ao microfone,
era um “preciso te conhecer”,
“gostaria de estar com você agora”.
Ela, a principio, relutou em aceitar o convite
para um café, ali mesmo, nas imediações do trabalho dele, uma Multinacional
de Computadores, em plena Avenida Paulista.
Até que ela muniu-se de coragem, se arrumou como para um encontro de Amor e foi, um pouco temerosa de tudo o que já tinha ouvido
sobre encontros virtuais.
Era um encontro apenas para um café,
se conhecerem, bater um papo gostoso, sem nenhum compromisso, pois concordaram que, sendo os dois casados, não deveriam passar disso.
Mas a conversa foi se estendendo,
um café, dois, três...
Confidências de ambos os lados que,
quando se deram conta, o tempo havia passado mais do que o estipulado pelos dois,
ainda que inconscientemente.
Ela dissera-lhe tudo e um pouco mais do que costumava dizer a alguém sobre sua vida.
E, inevitavelmente, em meio a uma conversa agradável, regada a risos e alegria,
as mãos apoiadas na mesa,
ao pegar seu café, seus dedos se tocaram.
Um toque sutil, tímido, gostoso!
Em um segundo, sem que se dessem conta,
ele já estava segurando com força suas mãos, olhos nos olhos, com faíscas de desejos
e promessas no olhar.
Ficaram se tocando, com mais calor e intimidade!
E, repentinamente, como se planejado fora,
ele chamou a garçonete, pagou a conta dos seis cafés que haviam consumido e saíram dali, apressadamente.
E agora!?
Como aplacar o desejo insano que se insinuava no macho e fêmea!?
Então ela se lembrou!
Há tempos trabalhou por ali e veio-lhe à mente que havia Hotéis lá mesmo, na Rua Augusta, não aqueles Hotéis Executivos, de grande porte, mas uns modestos, que à noite eram usados para programas das meninas que “trabalham” na rua.
Não titubeou e conduziu-o até um deles.
Quando chegaram à portaria, ela se sentiu um pouco envergonhada, mas não arrependida e procurou se disfarçar com os óculos escuros.
Afinal, tinham seus compromissos matrimoniais, tinham uma vida estável e não seria recomendável que fossem reconhecidos,
apesar do grande número de pessoas nas ruas.
Subiram dois lances de escada, apressadamente, já se tocando nos degraus, se beijando,
ofegantes de desejo e pressa.
Ele fechou a porta atrás dos dois com o calcanhar, agarrou-a com sofreguidão e,
com gestos rápidos de quem não suportava mais a espera, se despiram.
Sumiram as palavras de seus lábios,
desapareceu o mundo lá fora!
O desejo falava por eles!
Jogaram-se na cama, beijando-se com furor, mordendo-se, devorando-se!
Ele beijava sua boca, seu pescoço macio, mordiscava seus seios inflados, e percorria com sua língua aquele corpo sedento,
molhado de tesão.
Então, como uma tigreza raivosa,
ela o empurrou para o lado,
montou em cima daquele macho em fúria, lambendo o suor de seus cabelos,
seu rosto, sugando sua boca gostosa...
Descia a língua faminta até seu peito arfante, arranhando-o com suas unhas afiadas,
lambia sua barriga e, enfim, seu sexo!
Ele estava inteiro em sua boca. Ereto. Sedento!
Ela o sugava com fome, mas carinhosa...
Segura e docilmente,
como quem sabe bem o que faz!
Antes do toque final suas mãos fortes a agarraram com firmeza, arremessando-a novamente no colchão, submissa, mordendo-a, lambendo-a, sacudindo-a e, quando o tesão explodia em fúria animal e ela clamava por sexo, ele a penetrou!
Seu membro ereto como um ferro,
ferindo como lança mas gostoso de se sentir, rasgou suas entranhas e pulsava dentro dela.
Ele a cavalgava animalescamente,
como um cavalo sonador.
Seus gemidos de prazer se confundiam
com o barulho dos carros lá fora,
na cidade que nunca dorme,
da gente que não descansa.
Porém, eles nem se davam conta!
No vai e vém da paixão, da necessidade de saciar um desejo há muito contido,
eles se arranhavam, se possuíram desregradamente uma, duas três vezes...
E, quando no quarto exalava um cheiro de suor, sexo e tesão, num grito longo e rouco
de ambos os corpos trêmulos,
eles explodiram em gozo dos amantes.
Um gozo longo, lento, interminável!
Que fez seus corpos estremecerem
ainda por um bom tempo!
Permaneceram abraçados, sem nada dizerem
até que adormeceram.
A noite já se avizinhava, quando despertaram.
Precisavam se separar agora!
Ao se despedirem, na entrada do Metrô,
com um profundo e longo beijo,
seus olhos se fitaram, suas mãos entrelaçadas, nada prometeram a si mesmos.
Mas eles sabiam que o desejo persistia
em seus corpos, em suas mentes!
Ambos eram casados há um tempo,
mas essa atração era inevitável.
Tinham consciência de que, a qualquer momento,
sem prévio planejamento, quando seus corpos clamassem por uma tarde de paixão e loucura, iria acontecer novamente.
Afinal, a Internet facilitava tudo.
Estariam ali, as mãos se tocando,
os olhos se fitando e a promessa de um novo encontro, para dar vazão ao desejo
incontrolável de seus corpos.
À necessidade de viverem mais uma aventura!
No meio da tarde, no centro financeiro
e nervoso da Capital.

Milla Pereira

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