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Humor-->QUANDO FORMOS ÁS COMPRAS -- 06/01/2006 - 17:45 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

PELAS ESTRADAS ENCANTADAS DAS ELEIÇÕES
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Nós, os eleitores, é que devemos aprender com os exemplos de nossos eleitos. A começar pela premissa presidencial, segundo a qual “não podemos errar”, não temos esse direito. Nós, que emprestamos legitimidade às eleições, mesmo que não saibamos da honestidade de propósitos de quem pretendemos eleger. Ainda que, inadvertidamente, estejamos comprando lebre e levando para casa um gato manhoso, que não diz coisa com coisa. Que arranha a nossa língua, a língua portuguesa, com certeza. Que não pára em casa, passa o dia na rua, pra lá de Bagdá, desfilando pelos telhados alheios; tal como alguns de nossos representantes, dos mais simples aos mais importantes.

Quando bate a saudade, principalmente dos amigos mais chegados, arruma suas malas, o nosso itinerante. Pastas abarrotadas e escandalosamente cheias de redundâncias e de meias. Meias-palavras regadas à metáforas decoradas, por sonhos de mil e uma noites. Noites passadas na África e em Bagdá, noites encantadas com seus castelos de areia. No deserto de céus de estrelas avermelhadas e desbotadas, por luas cheias de sonhos desfeitos e pesadelos suspeitos. À procura de um pé-de-meia, um emprego e muita renda, trazidos, quiçá, escondidos em cuecas de seda (escandalosas e sem asas), mas que voam pelos ares, de volta pra casa, à caça de gatos e grilos falantes, ou de tucanos intelectuais, de pelicanos, arapongas e carcarás insanos, que pegam, matam e comem.

Volta, no entanto, esquecido, nosso fiel e maior representante. Entre constrangido e iludido pelo poder do poder entorpecido. Sem lembrar de nada: de suas origens, de sua primeira caminhada, sacolejando na carroceria de um caminhão, na estrada de chão batido, na rodovia ainda não asfaltada, apesar de prometido; e que deixará de ser, um dia, apenas a rodovia dos imigrantes. No futuro bem próximo, por certo, por alguns instantes, quando serão criados os buracos e os solavancos nunca dantes consertados; eis que pagarão a conta os servidores aposentados, posto que foram, pelo supremo tribunal, sentenciados.

Precisamos, quando formos às compras, por ocasião das eleições, adotar a postura de “gato escaldado”, a fim de aproveitar melhor o feriado. Prometer, não é preciso. Votar, é preciso. Votar com precisão. Sem deixar se levar pelas pesquisas de opinião; ou pelos anúncios e propagandas da televisão. Pelo marketing direcionado. Pelo produto alterado, manipulado. Não compre gato por lebre. Não se iluda com a embalagem. Cuidado com a propaganda enganosa. Com o verso e com a prosa dos candidatos cor-de-rosa. É preciso controlar o impulso do consumismo. Não entre no supermercado com fome, na hora do almoço, para comprar o primeiro produto da prateleira. Não faça besteira. Compare os preços e desconfie das vantagens oferecidas. Vantagens passageiras. Costumeiras. Consulte a dona de casa ao seu lado. Nossas fiéis companheiras. Que entendem de preços e de qualidade. Que têm boa memória e trazem na mente a experiência do passado. Da economia de mercado. Do que fez este ou aquele deputado, de certo ou de errado, e que se transformou em produto estragado. Apodrecido. Que nunca apresentou resultado. Não repita produto com perfil disfarçado. O que fará no futuro, não será diferente do que fez no passado. Mude de prateleira ou de mercado. Mas não vote de novo errado. Em candidato de pouca memória ou indiciado. Que tenha sido denunciado. Que esteja envolvido ou tenha participado. De corrupção, no passado recente. Que tenha recebido dinheiro desviado, no balcão do banco, sacado. Sem apresentar o recibo passado. Devidamente autenticado. E não ter recebido a dita quantia em envelope lacrado. Dinheiro órfão de pai e de mãe. Dinheiro não registrado. Que recebeu enganado. Pois não sabia de nada. Dinheiro não declarado. Não contabilizado. Dinheiro sujo e mal lavado. Dinheiro que, até hoje, não se sabe o que restou depositado. Na conta do ilustre deputado.

O seu voto é sua arma. Venda-o caro, acima do preço, não o preço de mercado. O seu voto é fundamental. É definitivo para melhorar o nosso país. Não tem preço. Ele é sagrado. Vale mais do que todo “mensalão” acumulado. E muito mais do que todo dinheiro que foi derramado, na compra de quem votamos, enganado. Por isso, vale o lembrete: nas próximas eleições, todo cuidado é pouco; no mínimo, deve ser DOBRADO.

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