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Discursos-->Dois vivas ao poeta e trabalhador da terra Manoel de Barros -- 25/07/2001 - 22:42 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Com algumas de suas formulações poéticas coligidas ao acaso, quero sugerir dois vivas ao poeta e trabalhador da terra Manoel de Barros. Hoje é dia do escritor e, numa coincidência feliz, também dia do agricultor.

____________________

As coisas tinham para nós uma desutilidade poética.

Só o obscuro nos cintila.

A voz de um cantador tem de chegar a traste para ter grandezas...

Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.

Prefiro as linhas tortas, como Deus.

(Para limpar das palavras alguma solenidade - uso bosta.)

Os delírios verbais me terapeutam.
Posso dar alegria ao esgoto (palavra aceita tudo).

A ciência pode classificar e nomear os órgãos de um sabiá, mas não pode medir seus encantos.

Aliás, o cu de uma formiga é também muito mais
importante do que uma Usina Nuclear.

Prefiro as máquinas que servem para não funcionar:
quando cheias de areia de formiga e musgo - elas
podem um dia milagrar de flores.

Senhor, eu tenho orgulho do imprestável!
Hei de monumentar as pobres coisas do chão mijadas
de orvalho.

O que não sei fazer desmancho em frases.

Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.

Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.

A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.

Palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser séria.

Não preciso de fim para chegar.

Do lugar onde estou já fui embora.
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