O céu se fecha, cai a chuva.
Nuvens, planetas, infinito.
A grande esfera está calma.
Sem alardes, sem clarins.
Silêncio.
As explicações surgem como
vento em tardes nubladas.
Não faço deuses do desconhecido.
O bem se constrói naturalmente,
na razão e na compreensão dos fatos,
sem absurdos ou fantasias.
No céu, nuvens, planetas, infinito.
Na Terra, seres supremos habitam a imaginação.
Tripulantes distorcem fatos.
Vivem da eterna utopia ivolucionária .
A imagem pregada na tristeza
quer a perpétua culpa universal.
Quer as mãos juntas e os olhos vedados.
Destroi pensamentos.
Ergue castelos.
Fazem-se bons.
Sem culpas, a limítrofe muralha desaba!
A estampa alegórica dos vitrais se
evapora na penumbra da contradição.
O trono incógnito se cala à realidade.
A ordem natural segue seu rumo.
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