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Artigos-->Grafologia na seleção de pessoal -- 10/04/2003 - 19:24 (Linda Cidade) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O papel do grafólogo é fornecer à empresa informações concisas, confiáveis e em tempo hábil, para que ela escolha a pessoa certa para o cargo certo.



Dra. Maria Lucia Mandruzato *



Em todo processo de seleção a empresa visa identificar, entre diversos candidatos, aquele que apresenta as melhores características de personalidade, caráter, temperamento, confiabilidade, comunicação, liderança, entre outros, para um bom desempenho no cargo a ser ocupado.



Qualquer que seja o processo escolhido para avaliar estas características, fatores tais como custos envolvidos, rapidez na execução dos testes e grau de acerto são de suma importância, evitando, entre outros dissabores, o decorrente da má escolha dos novos colaboradores.



A avaliação grafológica reúne, pelo menos em princípio, estas condições de velocidade, custo e confiabilidade. Tudo depende do grau de profissionalismo com que é utilizada.



O papel essencial da avaliação grafológica é fornecer à empresa (usualmente através de sua gerência de RH) informações concisas, confiáveis e em tempo hábil que permitam tomar as decisões mais adequadas no campo de movimentação e/ ou treinamento de pessoal.



Análise grafológica condicional – Em grafologia é comum ver um analista concluir que a pessoa avaliada apresenta uma característica "X" – por exemplo, persistência, dissimulação etc. – porque na sua escrita foi identificado um traço "A" (linhas ascendentes, letra arredondada, entre outros). Na minha experiência, este tipo de conclusão carece totalmente de confiabilidade, devendo portanto ser evitada.



A origem desta classe de erro reside no fato do tipo de escrita "A" só ocorrer em pessoas com a característica "X" quando na mesma escrita aparecem os sinais "B", "C", "D" e "E". Se, ao contrário, o sinal "A" aparece junto com os sinais "F", "G" e "H", a pessoa apresenta a característica "Y " e não a "X ". Concluindo qualquer coisa pela simples existência de escrita "A " induz, portanto, a erros fatais na avaliação.



Em resumo, uma determinada maneira de escrever só permite uma conclusão referente ao seu autor se esta pessoa também apresenta, em sua maneira de escrever, diversas outras e bem definidas particularidades. É claramente uma conclusão condicionada a diversos fatores que também devem ser levados em conta. Até esta data identifiquei cerca de 400 conjuntos de detalhes da escrita que permitem outras conclusões quanto à pessoa avaliada.



Avaliação grafológica por tipologia – Se considerarmos qualquer característica básica (que todas as pessoas apresentam em maior ou menor grau), pode-se sempre dividir um grupo de indivíduos (conjunto de candidatos a um determinado cargo, habitantes de um determinado bairro, pessoas que viajaram de avião num determinado mês ou utilizando qualquer outro critério de agrupamento de pessoas) em duas metades: aqueles que apresentam esta característica básica num grau de intensidade acima da média do grupo e outro abaixo da média.



Usando um exemplo concreto, vamos considerar o grau de emotividade das pessoas (que podem variar entre extremamente emotivas e quase isentos de emotividade). Chamemos de "emotivos" aqueles cujo grau de emotividade é maior do que a média do grupo e de "não-emotivos" os demais. Identificamos assim dois tipos de pessoas dentro do grupo: os emotivos e os não-emotivos.



Ao analisarmos o mesmo grupo à base de outra característica fundamental, a necessidade de agir de cada pessoa, por exemplo, podemos classificar o grupo em "ativos" e "não-ativos". Combinando este critério (atividade) com o anterior (emotividade), já teremos dividido o grupo em quatro tipos: "emotivos e ativos, "emotivos e não-ativos", "não-emotivos e ativos" e "não-emotivos e não-ativos".



A cada novo fator que se introduz, dobra o número de "tipos" identificáveis dentro de um mesmo grupo de pessoas. Daí a necessidade de se escolher os fatores básicos que mais informações úteis fornecem para o processo de tomada de decisão: admitir ou não? promover ou não? treinar ou não?. Só para ilustrar isto: usando 10 critérios (do tipo "emotividade", "atividade" etc.), são "criados" 1.024 tipos diferentes! É claro que um número excessivo de "tipos" tornaria a análise inviável por sua complexidade, tempo envolvido e, portanto, custo exagerado.



Qual a vantagem de se classificar as pessoas como pertencendo a um determinado tipo? Verifica-se que cada um apresenta uma série bem conhecida de características de personalidade que seus componentes apresentam com maior freqüência, muito embora sem exclusividade (com menor freqüência são também apresentadas por outros tipos de pessoas) .



Em outras palavras, uma pessoa que pertence a um determinado grupo apresentará, com alto grau de probabilidade, várias ou muitas características (mas nunca todas) comumente encontradas neste grupo de pessoas. Por outro lado, muito dificilmente terá características extremamente raras no tipo em questão.



A decisão final decorre da coincidência de características de personalidade apontadas, simultaneamente pelo método condicional ou por tipologia. Se os dois métodos, virtualmente independentemente um do outro, levarem à mesma conclusão, então o grau de confiabilidade da avaliação aumentará exponencialmente.



Outra vantagem da combinação dos dois métodos de avaliação grafológica é que eventuais discordâncias nas conclusões saltam à vista do grafólogo, obrigando-o a nova verificação que, na maioria dos casos, permite eliminar aquelas que seriam conclusões errôneas ou duvidosas e que diminuiriam a qualidade do trabalho.



O uso isolado do método por tipologia tende a atribuir à pessoa avaliada características que na realidade não possui (embora outras pessoas do mesmo tipo as possam apresentar), pois, dentro de um mesmo tipo, as pessoas são "parecidas" mas não "idênticas".



Por outro lado, em usando apenas o método convencional, o grafólogo tende a não identificar todas as características relevantes da pessoa pela simples razão que nem todas elas podem ser detectadas de forma direta pela grafologia.



Método de avaliação grafológica – O método de avaliação grafológica que defendo é composto de duas partes (condicional e por tipologia), acrescido do conceito de especificidade que decorre do fato de certas características de personalidade serem essenciais para a pessoa que vai ocupar um determinado cargo, não tão importantes se a pessoa se destina a outro tipo de função e, muito raramente, se tornam um defeito num terceiro tipo de cargo. Em outras palavras, dependendo da função que o candidato vai exercer, certas características devem receber (pesos diferentes) sob pena de se recusar um candidato por uma característica que não afetaria seu desempenho ou admiti-lo por uma característica que não será útil na função que vai exercer.



* Dra. Maria Lucia Mandruzato é diretora da MLM Performance Empresarial e autora do livro "A Grafologia e a Empresa", editora Qualitymark. E-mail: mlm@u-netsys.com.br



Publicado em RH EM SÍNTESE Nº 28 – MAI/JUN 1999 – PÁGINAS 38 E 39
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