Usina de Letras
Usina de Letras
15 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62282 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50671)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6208)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->Càmbio -- 20/02/2001 - 14:10 (Luís Augusto Marcelino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É sério: não entendo nada sobre càmbio. Tenho uma curiosidade tremenda, desde garoto, de compreender as artimanhas cambiais que justificam o fato de uma moeda valer mais do que outra. Confesso: imaginava que bastaria fazer dinheiro de chumbo para valorizar o Cruzeiro (ou seria Cruzado? Cruzado Novo?... Novo Cruzeiro Novo?...). O fato é que me sinto tentado toda vez que acesso a Internet a comprar todo tipo de bobagem e coisa útil que me aparece pela frente. Computadores. Softwares. Espremedores de laranja que só faltam falar. Iscas de peixe capazes de fisgar pacus com impulsos magnéticos. Não houvesse a multiplicação por dois, com certeza teria de alugar outra casa para armazenar o monte de quinquilharias adquiridas na rede. Ilusão de ótica. Você vê o preço e esquece de aplicar o càmbio. Micro a 700 dólares. O bichinho só falta plantar bananeira. Tem quase todos os recursos que preciso - apesar de ser considerado standard lá nos States. Más não dá pra comprar. Num passe de mágica, o càmbio transforma os 700 em 1400 sem pedir permissão.

Consumidor voraz que sou, devia ter nascido nos Estados Unidos. Ou no Japão, na época das vacas gordas. Por falar em vaca... Não, é melhor deixar o distúrbio mental das vacas brasileiras pra lá, já que a Imprensa local fez seu papel e gastou as tintas importadas para imprimir matérias e mais matérias sobre o assunto. Meu amigo Samuel Ramos - Samuca - parecia estar prenunciando a situação ao escolher as lactentes para estampar a página inicial do site de seu fanzine Tijolão - www.tijolao.cjb.net (tá me devendo esse merchandising, Samuca!). Deixando a vaca de lado, porém, se eu morasse em Las Vegas resolveria dois problemas da minha vida pessoal: teria um DVD para assistir todos os filmes barulhentos do Jean Claude Van Dame e minha mulher viveria feliz da vida com sua compulsão incontrolável para o jogo. Aposta tudo. Sena, megasena, super-híper-ultra-sena, loteria zoológica, placa de carro. Bingo então, nem se fala... Pelo menos não sofreria com o maldito càmbio - responsável pela invasão eufórica dos nossos amigos platinos. Deixa estar: se um dia o càmbio der uma pirueta, prometo que reuno o maior número possível de macaquitos para dominar "mi Buenos Aires".

Lembro que, há poucos anos, houve uma febre de turismo entre os brasileiros. Miami, Paris, Londres. Compatriotas se acotovelaram nos aeroportos para darem uma escapada. O tal do càmbio estava quase um pra um. Foi uma festa. Agora que o custo dobrou, restou mesmo se contentar com nossas praias e florestas tropicais. É uma pena. O maldito càmbio enterrou o sonho de metade da nossa Classe Média de conhecer os States. Tem problema não. Um dia, quem sabe, mais um plano económico transforma a moeda em dólar brasileiro. Um pra um, de novo. Aí é só botar o pé na estrada. Digo, no aeroporto.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui