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Humor-->SACANAGEM DE NOVO -- 15/12/2005 - 21:36 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

CONTINUAM AS SACANICES
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Não pude mais me conter. Não tinha sequer palavras. Palavras para dizer. Da minha indignação. Recorri ao dicionário. Vocabulário emprestado. Foi a minha salvação. Não pude ficar calado. Não sabia o que fazer. Estava sendo roubado. Mas resolvi escrever. Resolvi dar o recado. Que nem é mais novidade. Todo ano, a mesma coisa. Repete-se o “disse-me-disse”. O Planalto e o Congresso. Unidos na sacanagem. Mais uma vez o recesso. Mais uma vez a sacanice.

Canalha, patife ou malandro. Assim não há quem agüente. Aprovaram num instante. A remuneração triplicada. Sem caráter o espertalhão. Gastando o dinheiro da gente. Mais um golpe traiçoeiro. Todo mundo apertado. Todo mundo sem dinheiro. E o deles aumentado. Na Câmara Federal. E também lá no Senado. Vinte e cinco mil e seiscentos. Para cada parlamentar. Um presente de Natal. A luta do bem contra o mal. Foi esse o percentual. Que deverá ser seguido. Na esfera estadual. E, quiçá, vereadores. Da Câmara Municipal. Por todo o território. A nível nacional. Desse país altaneiro. Que paga quinze bilhões. Se ufana o companheiro. De juros adiantado. Para o Fundo adorado. Mas pro salário de fome. Diz que não existe dinheiro. Apesar daquela promessa. Que o Mínimo seria dobrado.

Com tanto serviço atrasado. Apelaram mais uma vez. Pra tal da convocação. Aquela extraordinária. Que todo ano acontece. Cujo nome deveria. Chamar-se de ordinária. Já que aprova projetos. Que deveriam estar votados. Durante o ano inteiro. Que foram acumulados. Transformados em presente. Às custas do bolso da gente. E para tanto trabalho. Vejam só a covardia. Além de mais dois salários. O custo pode chegar. A mais de noventa e cinco. Milhões de reais do erário. Pois tem também o salário. De assessores parlamentares. E o valor das diárias. Mais todos os gastos extras. Pra funcionar o plenário. Café, água e energia. Material de consumo. Na ilha da fantasia. Gasta-se muito dinheiro. Do imposto que é pago. Pelo povo brasileiro. E ninguém faz disso segredo. Todo ano é assim. Afinal não é ruim. Só pra levantar o dedo. E votar dizendo sim.


Fim de ano garantido. Ousado e bem atrevido. Não houve contestação. Todo mundo foi servido. Do bolso do cidadão. Grande é seu coração. O povo que não entende. Aquela grande união. De siglas e de partidos. Em torno de mais tostão. Dinheiro pra lá de milhão. Nas costas da viúva. Do orçamento da União. Com o orçamento apertado. Salário bem encurtado. Vou gritar pega ladrão. O povo está sendo garfado. Tem muita gente atolado. Eleitor desesperado. Acreditando em promessa. Votou atrás de melhorias. Esquecer as baixarias. Que todo ano aparece. Promessas ninguém se lembra. Mas o povo não esquece. Sem falar dos privilégios. Da verba de gabinete. Só mesmo dando uma surra. De bengala ou de cacete.

Triste povo brasileiro. Mais uma vez o Congresso. Corre atrás, é o primeiro. Tira do pobre o dinheiro. Embolsa mais uma vez. O aumento ecológico. O aumento em cascata. Respinga no Vereador. O dele também aumentou. Está tudo atrelado. Mais renda para o seu bolso. E dane-se quem não gostou. A farra agora é geral. Aproxima-se o fim de ano. É o espírito de Natal.

E a desculpa esfarrapada. Do presidente do Senado. A favor da convocação. É que se faz necessário. Combater a corrupção. Não dar férias para a crise. Pois tudo será apurado. Em toda a sua extensão. Na CPI dos Correios. E até na do Mensalão. Mas não se toca no assunto. Da CPI do Banestado. Que não teve final feliz. Onde tudo foi arquivado. A do Bingo não tem pressa. Deixou tudo pra depois. O mesmo feijão com arroz. Nada de muita pressa. Não é sangria desatada. Afinal, na pizzaria. O forno é que interessa. A massa que anda fria. E a farsa da confraria. De há muito está montada. Basta ver que até agora. Ninguém sabia de nada. E só dois foram cassados. E outros indiciados. Estão sendo absolvidos.

E o nosso presidente. Presidente do Senado. Acerca da convocação. Que custa pra lá de milhão. Dá a sua opinião. Com cheiro de hipocrisia. Acha inútil a discussão. Se comparado à paralisia. De toda investigação. Dos escândalos e falcatruas. No bojo da Comissão. Como se não fosse possível. E mais barata a decisão. De esperar mais trinta dias. No final do feriadão. Até porque, na verdade. Toda e qualquer decisão. Constante do relatório. De toda e qualquer comissão. Daqui pra frente, parece. Será um trabalho é em vão. Por conta do voto secreto. Que não é justo, nem reto. Sugere corrupção. Acordo de cavalheiros. Pra dizer sempre não. E assim, de grão em grão. Salva-se quem for honesto. E também quem foi ladrão.

Isso é mais que sacanagem. Isto é mais que sacanice. Devassidão, bandalheira. Só mesmo falando besteira. Isso é pura roubalheira. Assim diz o dicionário. O povo vota calado. E dá uma de otário. Vai ficar chupando dedo. Ou comendo salgadinho. Aquele com queijo e tomate. Com salsicha e pimentão. Enfiado num palito. Que a gente segura na mão. Cujo nome é sacanagem. Já aprendi a lição. Ou a gente abre a boca. Ou acaba com a eleição. A coisa passou do limite. E ainda há quem acredite. Que é falta de educação. Ou de consideração. Mas na minha terra não. È pura esculhambação. Ou a gente para com isso. Ou acaba com a Nação.

O mais sensato seria. Trabalhar o ano inteiro. De segunda a segunda. Diminuir o recesso. Não à convocação. Mostrando boa vontade. Um pouco de responsabilidade. E muita compreensão. Sem nada cobrar do povo. Respeitando o cidadão. E se fosse por dinheiro. Que dividisse por trinta. Toda a remuneração. E recebesse por dia. Realmente trabalhado. Mas não dois meses de salário. Para um só dia contado. Dos dias que foram deixados. Pelos próprios deputados. Pra receber no Natal. O presente acostumado. Ganhar mais alguns trocados. Afrontado o seu irmão. Ao eleitor de plantão. Que agora foi lesado. E ainda por cima é culpado. De votar na eleição. Sem falar naquela turma. A turma do “mensalão”. Em gente que pouco faz. Pra merecer o diploma. Diploma de deputado. Pra não fazer o que é certo. Optar pelo errado. Tirando a comida da boca. De parte do eleitorado. Deixando o resto do povo. Vermelho de envergonhado.




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