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Cartas-->A UM EDITOR (Francisco Vencelau dos Santos) -- 17/10/2004 - 11:48 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A UM EDITOR


Teresina, 16 de outubro de 2004


Caro Editor Francisco Venceslau dos Santos


Conforme aludi em carta anterior, está pronto, digitado, formatado, em fase de última revisão, o livro “FRANCISCO MIGUEL DE MOURA: UM CANTO DE AMOR À TERRA E AO HOMEM”, de autoria de cinco professoras, todas universitárias, cujos nomes declino: Nelly Novaes Coelho, Rejane Machado, Maria Gomes Figueiredo dos Reis, Rosa Maria dos Santos Kapila e Maria do Carmo Martins Lopes.
Organizei os 5 estudos, mas falta-me ainda o prefácio. Evidentemente que não vou escrever nada sobre mim, seria um exagero, uma falta de modéstia muito grande mesmo. Creio que você poderia fazer-me o prefácio. Mas não só isto: tentar colocar na coleção de “Geografias literárias – confrontos: o local e o nacional”, Editora Caetés, Rio, 2003 ( Rua Gal. Roca, 429 sala 02 – CEP 20521- 070 – Tijuca – RJ), de sua organização.
Por falar nesse livro tão importante, como é que vai sua distribuição, venda, aceitação crítica? Trata-se de uma das melhores e mais corajosas obras de crítica nacional, enfrentando tabus enraizados em nossa estrutura colonial. O centralismo cultural tem a ver com o governamental e “democrático” despótico, emburrecedor, canhestro no mundo atual. Tem que ser desmantelado. E você começou a fazê-lo. Na minha “Literatura do Piauí” já escrevi que os críticos e historiadores brasileiros ficam no Rio e São Paulo, sentados, de onde pensam que sabem tudo o que acontece de bom no país apenas freqüentando as livrarias locais, as rodas literárias e de fofocas, tudo o que acontece no país, porque lêem dois ou três jornais do Centro-Sul e vêem a televisão a cabo. Não é possível. Graciliano Ramos, homem de cultura e de caráter, certa vez foi incumbido por uma editora de fazer uma pesquisa sobre o conto brasileiro. Pois saiu ele de Estado em Estado, lendo e observando, catando os contadores de estórias, os contistas. No Piauí, encontrou dois dos bons, que foram colocados na antologia. Nos outros Estados, inúmeros. Mostrou que a literatura e a cultura do país não pode ser historiada com uma visão caolha, equivocada, ignorante e absurda.
Mas, depois disto, tudo continua no mesmo, me parece. Salvo o aparecimento de seu livro, a sua ação digna de louvores.
Para o bem de todos, precisamos desmanchar essa joça.
Finalmente, gostaria de saber se poderia mandar o livro para sua apreciação. É do seu conhecimento o problema de distribuição do livro no Brasil, dificultada econômica, política e culturalmente. Não só dificultada: interrompida. Se o trabalho pudesse ser distribuído aí, seria possível encontrar parceiros cá. Por exemplo: a Universidade Federal do Piauí, a Academia Piauiense de Letras, a União Brasileira de Escritores do Piauí, a Fundação Cultural do Piauí e a Fundação Monsenhor Chaves. Todos esses órgãos são interessados em difundir a cultura e os autores deste Estado. O próprio interessado, no caso Francisco Miguel de Moura, poderia entrar com alguma parte.
Assim teríamos um livro bem editado e melhor distribuído.
Que é que você acha da proposta?
Escreva-me, mande e-mail, carta ou fax. Aguardo.
Atenciosamente


Francisco Miguel de Moura
Escritor brasileiro, mora em Teresina.
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