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cronicas-->Falemos de esperança -- 04/10/2008 - 15:47 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Falemos de esperança

A gente não tem lido muitos artigos que falem de paz e de amor. Parece que os noticiários sobre guerras e mortes prevalecem no gosto do leitor globalizado, moderno. A densidade da notícia perversa, catastrófica, é como se vendesse mais, fosse o próprio achamento noticioso. É verdade..., temos falado muito mais de ódio, malversações, estupidez, crimes hediondos etc.
Que tal falarmos de esperança em um mundo melhor? Façamos! Ainda há tempo ao alcance de nossa vontade. Nossos erros, os mais grosseiros, podem ser diluídos se tomarmos uma medida nova em nossas próprias vidas. Rearrumar a casa é permitir-se ser novamente feliz. A presença de Deus tem de ser forte dentro de nós. Nada nos sobrará se não tivermos dispostos a aguentarmos os pedaços do sonho sucumbido antes. E como diz a canção religiosa "e ainda se vier noites traiçoeiras", devemos sorrir e cantar diante da fé e da esperança na vida e no homem. O fracasso é pedaço desajuntado nele mesmo e não nos interessa tê-lo em nós.
Não nos importemos apenas com o peso da cruz, mas com a fortidão dos nossos ombros. As provações são áulicas. Nenhum ser é tão grande se não tiver provado do amargo e do doce da vida. Sobreviver é próprio dos fortes, escolhidos, visitados pelo amor de Deus. Saibamos entender melhor as divergências. O mundo é um imenso caldeirão de desigualdades. A única maneira de a reduzirmos a um patamar tolerável é dividindo nosso corpo e nossa alma com o outro. Caminhar leva o homem para o destino escolhido; caminhar bem leva para um outro lugar, mais merecido. Certamente que as pedras do caminho estarão sempre ao alcance de nossas passadas, mesmo que nosso olhar esteja ativo. Afinal, quem não sente dor não aprende a gemer. O homem é o fruto do que viveu e de como soube vivê-lo. Nenhuma dor sangra para sempre com a força do seu surgimento. O tempo dilui mágoas e aclara as máculas; é por isso que as cicatrizes mudam de lugar.
A cruz maior que temos posto em nossos ombros tem reproduzido muito bem o despreparo onde mergulhamos comodamente tentando evitar o enfrentamento dos nossos problemas cotidianos. A reta é tão mais bela quando se nos apresentam tortuosas as curvas do caminho que seguimos. O que separa a vida do homem de sua morte é o amor que ele carrega dentro de si, alimentando sua esperança na vida e sua escolha por andar ao lado de Jesus. Se nós não quisermos a miséria dentro de nós, não sejamos maus, mesmo que soframos indevidamente. Nessas horas é preciso lembrar que os humildes serão exaltados e a palavra de Deus jamais passará.
A conversão de um bandido à vida lícita talvez não seja tão difícil de fazê-lo do que a de outro ser que peca por tudo ter e não se encontrar mais consigo mesmo, nem tampouco com a vida. Às vezes, a bandidagem está embasada na falta de solidariedade para com o próximo. É dando que se recebe.
E se lutarmos por um mundo mais justo, menos desigual, fraterno, poético, seremos todos nós a face da própria esperança. Socializar o carinho, a fraternidade, o amor ao próximo é-nos a melhor e mais fácil receita para sermos felizes. Nossa alma precisa revigorar-se, distrair-se menos com os pecados da carne.
E, por fim, quando a tua cruz pesar, contrai mais vigorosamente os músculos de teus ombros e o peso sobre o corpo será diluído pelas asas de tua alma. O homem é e será sempre um ser que peca e se esquece e se desvia; o que jamais lhe pode ser permitido é exceder-se no pecado com que ele próprio se maculou.
Finalizo esta crónica lembrando a lenda do índio que afirmava ter dentro dele dois cães que alimentava diariamente: um manso e outro agressivo. E quando lhe perguntaram com qual ele mais gostava de lidar, ele falou: depende daquele que eu melhor alimente.
Então, nós, ultimamente, andamos a ver mais cães do que mesmo índios e o que é pior: cães famintos.
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