Vinte e um dias após intensos bombardeios a população de Bagdá saiu às ruas para comemorar.
Difícil saber o que comemoram...
Comemoram a queda do regime iraquiano agora em novo projeto de outra ‘regência/tutela’?
Comemoram a chegada dos libertadores que fizeram a maior destruição e maior número de mortos na última década na região?
Comemoram o fim dos bombardeios diários sobre uma Bagdá desarmada?
As imagens, ainda que editadas e induzidas pela reportagem adjacente será sempre forte. Como a escrita, a fotografia/cinema, também é Arte. Tem sua linguagem própria que é decodificada através de quem lê ou vê.
Deixemos um pouco de lado as ilações do passado em que tropas alemãs chegavam triunfantes, em Paris, a desfilar sob o Arco do Triunfo e outras tantas ‘vitórias’ para que o tempo/história traga os fatos aos historiadores e cientistas sociais para que cada um dê a eles as cores de suas bandeiras.
‘GUERRA É(traz)PAZ’. ‘PAZ É(traz)GUERRA’... Poucos leram as mensagens do “GRANDE IRMÃO’ que controlava a sociedade desenhada por George Orwell em seu livro 1984. Talvez seja apenas mera literatura... como Júlio Verne em 20.000 Léguas Submarinas, Viagem à Lua...
A mensagem foi dada e os vencedores não podem voltar para suas casas para comemorar. É preciso consolidar a libertação. Eles, iraquianos, não sabem usá-la...
Além de tudo o que já foi anunciado haveremos de aprender grandes lições.
Novo palco agora e os mesmos atores, enredo e gênero na peça que precisa se auto justificar: Desafio, Choque e Pavor.