Depois da guasca no rabo em Botucatu, Aly Henado pega seu celular “super faz-tudo”, finamente contrabandeado do Paragua, bota aquela panca na Avenida Santana e, óculos escuro e pito na boca, liga pro seu primo Many Pulado: “Ooo... primooo, dá pra você pelo menos mandá um de seus cupincha que advoga pra nóis na cidade requerê a prisão do fdp que surrou a gente nas urnas? Ou então a perda do cargo dele, se for mais fácil. Essa derrota foi dura demais, meu. Que coro! Diz aí que asfalto é coisa que se cobra do povo e não se dá de graça. Asfalto posto, asfalto cobrado! O povo que se vire prá pagá, onde já se viu... Ou qualquer outra coisa pra esse fdp não ficá aí festejando muito tempo. Inventa aí qualquer negócio... Diz prá ele que ainda pode contá com as gangue dos ´chique no úrtimo´ da Rua Amando e com os moambeiros disfarçados (acho que nem tanto mais, né?) que nunca vão se dobrá a esses comuna. Ah, como a Veja tá certa... Faz alguma coisa, meu... Pede mais apoio do jornal da cidade (eu sei que já tem, mas pede mais um pouco pelo menos), dos granfo da UNESP que nus protege e permite que eu tenha este óculos, cigarro e celular, meu carrão "negro gato" que eu paro onde quero e ainda tome meu uiskinho, vodka e caipirinha de fim de semana nos churrascos da vida nos nossos esconderijos nos arredores dos "Bons Ares". Vê se vai nas fúteis rodinhas de futebol, desgraça e trambique, daqueles que só reclamam do governo e fazem porra nenhuma, vai no Tênis, nas butiques, na porta dos cafés, sei lá... Se vira meu, mas que esses vermelhinhos parem de nos gozar, pelo amooorrr de Deus!”. E Many responde: “E coisa que vai adiantar...”. |