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cronicas-->Noticias pretas -- 14/09/2008 - 16:36 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Noticias pretas

As notícias mais atuais têm-nos chegado salgadas e tanto. Ouvem-se uns discursos ambiciososs demais e lêem-se outros acusativos.
Acho que ainda mais profundos do que o petróleo descoberto recentemente na camada pré-sal da plataforma marítima brasileira, sejam mesmo os interesses inconfessáveis publicamente e dizíveis apenas nos bastidores azeitados por outra modalidade escura de matéria e de consistência perigosa. As matérias sobre as descobertas viraram mercadorias midiáticas. Nem sei até onde irão todas elas, mas certamente terão destino pré-estabelecido no saleiro propagandístico nacional e internacional.
Há muita especulação nesse noticiário; um tanto de conversas jogadas fora e até mesmo desinformação provocadora de celeumas nos quatro cantos diferentes do interesse governamental. Vale muitos dólares qualquer acréscimo de informação às já conhecidas e publicadas, nem que pouco elas acrescentem.
É muita coragem cívica (ou até mesmo, por que não dizer, atrevimento) do próprio governo anunciar os fantasiosos discursos sobre o tamanho do que oficialmente ainda não se sabe e sequer se conhece. Fala-se do que se supõe existir, distante da costa 300 quilómetros e a quase sete mil metros de profundidade. O que há exatamente lá não se sabe nem quantos anos levar-se-ão para dominar-se a tecnologia economicamente viável para pór o cobiçado óleo na flor da terra. Da terra, sim, porque ele deverá ser canalizado e transportado para terra firme (ou em barris ou no hangar de navios petroleiros).
Esse novo e suposto manancial petrolífero brasileiro está sendo doidamente anunciado sob a ação forte de uma tempestade nada cívica. A exploração de petróleo na camada pré-sal é algo que se inicia. Sua viabilidade económica ainda está sendo estudada. O tamanho das jazidas ainda é virtual. Não se sabe o suficiente para se afirmar sobre elas. A futura exploração é outro nó a ser desatado, se caso esse manancial exagerado que se anuncia for mesmo confirmado nos testes de prospecção.
O que chega a confundir o cidadão comum é esse palavrório que se noticiou acerca da criação de uma empresa nova para tomar conta dessas mais novas ainda reservas petrolíferas. O sangue latino deve vir também do profundo dessa camada até porque ele já é salgado por natureza. É carecido cautela com esses anúncios, até mesmo para o bem da própria imagem internacional do país e da Petrobras. Há de ter-se um imenso respeito pelos acionistas dessa empresa e não se fomentar o bailado infiel de suas ações. O mundo todo está de olho nesses discursos espalhafatosos acerca das descobertas recentes em mar territorial brasileiro do petróleo do pré-sol, o que não era para menos.
Há, portanto, acerca dessas notícias em baila, duas expectativas: a palaciana, que até o nome de Deus foi invocado como grande responsável - que pecado! E uma outra, ao meu ver precipitadamente anunciada, a que enche os interesses tanto da Petrobras como de suas co-irmãs.
O que se sabe e é verdade é que as ditas reservas achadas não foram sequer mensuradas e definida sua viabilidade económica de exploração. Há também o preço para sua exploração. É viável? Deve ser! E a qualidade desse óleo encontrado? Parece que é de boa qualidade.
A visão teológica palaciana acerca de tal descoberta é, antes de qualquer outra coisa, cómica. É nessas horas que a gente confirma a força e a importància da palavra dita pelos governantes maiores.
E, por fim, isso nem sempre é sinal de glória. Sabemos que a Venezuela é rica em petróleo. Apesar disso, é lá e sob o regime cómico do Hugo Chaves que estamos vendo a mais alta taxa de inflação (33,7%) de todas as Américas e a produção e exportação do óleo caindo pelo sucateamento do seu parque produtivo. Além do mais faltam àquele país - ao seu povo -, mais de 80% dos alimentos que consomem - toda essa quantidade que, obrigatoriamente, eles têm que importar. A PDVSA, principal estatal petrolífera venezuelana, nos últimos 2 anos, endividou-se de 3 para mais de 20 bilhões de dólares. Não é necessário apenas ter as reservas de petróleo, mas, ser capaz de retirá-lo do subsolo e comercializá-lo. Quanto mais anunciar-se o que não se sabe como certo se se tem mesmo! Pai, perdoai-os, pois não sabem eles o que disseram!

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