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Contos-->10.06.2020 - Há 100 anos, gripe matava mais de 30 milhões. 1 -- 10/06/2020 - 09:29 (TARCISO COELHO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

https://www.youtube.com/watch?v=h5WjNMGztvE



 



Diário da Pandemia



 



Há 100 anos, gripe matava mais de 30 milhões. 16 de fevereiro, 2018


 



 



Em um mundo ainda cambaleante por causa dos estragos provocados pela Primeira Guerra Mundial, um agente ainda mais devastador do que as bombas e armas dos campos de batalha matou pelo menos 30 milhões de pessoas ao redor do planeta no segundo semestre de 1918: a gripe espanhola.



Considerada a maior pandemia da história da humanidade, a “influenza espanhola” completa um século com duas importantes lições: não se pode baixar a guarda quando o assunto é saúde pública e a prevenção ainda é o melhor remédio para o controle de surtos, epidemias e pandemias.



“Hoje em dia nós temos antibióticos e vacinas para problemas como a febre amarela, mas veja como está a situação no país em relação à doença. É essencial aumentar a vigilância preventiva, para evitar novas epidemias e pandemias, aqui e no mundo”, diz a infectologista Nancy Bellei, professora da Unifesp e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).



Cem anos depois da gripe espanhola, não se sabe ao certo como tudo começou e tampouco como acabou. Muitos acreditam que o vírus tenha surgido na América do Norte e levado para a Europa com as tropas que foram lutar na guerra.



Estudos recentes apontam que, na verdade, o vírus pode ter se desenvolvido um ano antes, na China, durante um surto de influenza no país, e foi transportado por trabalhadores chineses que foram suprir a falta de mão de obra nos EUA, em decorrência do conflito mundial. A partir daí, seguiu o caminho rumo ao continente europeu.



O certo é que, entre setembro e dezembro de 1918, considerado o pico da pandemia, dezenas de milhões de pessoas morreram em todas as partes do planeta, principalmente na Europa, castigada pelas precárias condições sanitárias, infraestrutura urbana comprometida por causa da guerra, a fome e o frio do outono. Era uma combinação explosiva que ajudava a disseminar o vírus rapidamente. As estatísticas mais conservadoras falam em 40 milhões, mas o total de óbitos pode ter chegado a 100 milhões.



“As comunicações e as informações eram muito difíceis e precárias na época. Em regiões remotas, como o interior da África, muitos casos nem eram notificados”, diz o médico infectologista Celso Granato, professor da Unifesp.



Ele explica que a enfermidade começava como gripe comum, mas, por causa de uma característica específica do vírus influenza, as células das partes mais baixas do organismo, como os pulmões, eram atacadas e a doença evoluía para um quadro grave de pneumonia bacteriana, matando a pessoa em poucos dias ou mesmo horas.



“Hoje poderíamos tratar essa fase mais crítica internando o paciente em unidade de terapia intensiva e ministrando antibióticos. Mas naquela época não havia nada disso”, diz Granato. O vírus da influenza de 1918 só conseguiu ser isolado pelos cientistas em 1933.



O resultado foi devastador. O nome se deve ao fato de a Espanha, neutra na Primeira Guerra e com pouca censura à imprensa, ter notificado seus casos de forma transparente, diferentemente de outros países. Com o movimento de tropas militares e população civil pela Europa e o regresso de soldados para casa após o conflito, a gripe espanhola se espalhou pelos países e continentes. No Alaska, comunidades inteiras de esquimós foram dizimadas. No Reino Unido, houve pelo menos 200 mil mortes e, nos EUAs, um quarto da população americana – cerca de 25 milhões de pessoas – caiu enferma, das quais morreram em torno de 500 mil.



No Brasil, a doença chegou em setembro de 1918 com o navio inglês Demerara, vindo da Europa e que deixou passageiros contaminados no Recife, Salvador e Rio. Em poucas semanas, as contaminações e as mortes se multiplicaram por diversos Estados. De acordo com a Cruz Vermelha, cerca de 35 mil pessoas morreram no país por causa da doença. Apenas no Rio, o número de óbitos chegou a 14 mil. Em São Paulo ocorreram duas mil mortes entre outubro e dezembro de 1918.



Nas cidades, o pânico se espalhou com o vírus. Entidades como a Cruz Vermelha ajudaram o poder público no atendimento aos enfermos. “Não havia hospital, posto de saúde e, o pior, pessoas para ajudar, fazer caixões e enterrar os mortos. Estavam todos doentes”, diz a coordenadora de educação e saúde da Cruz Vermelha no Brasil, Rozana Ribeiro. A escola de enfermagem mantida pela entidade no Rio foi transformada em hospital para atender os doentes que se multiplicavam.



O remédio mais comum era o quinino, utilizado no tratamento da malária e que tinha pouca ou nenhuma eficácia no tratamento da gripe. Analgésicos como a aspirina pioravam ainda mais, pois provocavam hemorragias. Não faltaram receitas caseiras para tentar conter o avanço da pandemia, como pitadas de tabaco e queima de alfazema e incenso para desinfetar o ar.



Mortos eram transportados em bondes especiais e, com o rápido aumento de óbitos e a falta de caixões, transporte e coveiros, começaram a ser deixados pelos parentes na porta de casa para que fossem transportados e evitar o contágio. O comércio fechou as portas e as ruas ficaram vazias. A situação só não foi pior, segundo Granato, porque o Brasil era um país com grande parte da população na zona rural.



O presidente Venceslau Brás escalou o sanitarista Carlos Chagas para assumir o Instituto Oswaldo Cruz e liderar uma ampla campanha para combater a gripe espanhola, instalando hospitais emergenciais e postos de atendimento espalhados pelo Rio. Entre as vítimas fatais ilustres, estava o presidente da República reeleito Rodrigues Alves, que assumiria o país em 1919 e representava uma grande esperança para a nação, já que tinha vencido a epidemia de febre amarela no Rio durante o seu primeiro mandato.



Assim como veio, a gripe espanhola foi embora. Nos primeiros meses de 1919 a pandemia já tinha arrefecido e aos poucos a vida foi voltando ao normal no Brasil e no mundo.



“Em geral, o ciclo da influenza começa a perder a força sobre a população entre seis e oito semanas”, afirma Nancy Bellei. Para ela, o episódio de 1918 deixou lições para as gerações futuras, como o atual surto de febre amarela no Brasil. “A vigilância epidemiológica preventiva é fundamental. Quando se percebe que algo diferente está acontecendo em determinado local, é preciso agir rapidamente”, diz a professora.



Fonte: Valor Econômico, Data: 16/02/2018.



 



 



 



Use Máscara



 



Para o vírus não pegar



Lave bem as suas mãos



Pode usar álcool em gel



Ou mesmo água e sabão



Pra fugir da coisa louca



Cubra bem nariz e boca



E não toque o rosto não.



 



Tarciso Coelho



 



 



 



Últimas Notícias: https://www.uol.com.br/



 



 



Diário da Pandemia



 



 



 



O Diário da Pandemia



Que inventei de escrever



Jamais teve a intenção



Que não só o meu querer



De o dia a dia registrar



Pra no futuro lembrar



O que estamos a viver



 



 



Mas é preciso dizer



Aqui não vou divulgar



Notícias de tristeza



Já que quero me alegrar



E se esse meu escrever



Nem pouco alegrar você



Mal também não lhe fará.



 



 



Caros Amigos,



 



 



A partir de 22.03.2020, passei a publicar versos meus em outras situações, retornando ao assunto em pauta apenas eventualmente.



 



Fique á vontade para lê-los ou relê-los no seguinte endereço:



 



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TARCISO COELHO



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Obs.: Fico grato pelas visitas, inclusive a outros trabalhos lá publicados, bem como aos comentários que tiverem a bondade de escrever.



 



 



 



Abraços a todos.



 



 



Tarciso Coelho, Crato (CE), 10.06.2020.


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