Ontem recebi mais um e-mail, um e-mail daqueles de se lhe pôr imediatamente qualquer coisa em cima para que a repugnância não nos tome o dia todo.
Por outras palavras, claro, o símio perguntava-me em que testículo do Waldomiro me alojava eu, quiçá porque tem o aprazível hábito de imaginar os seus apetites no paladar de outrem.
Bem... Não escreveu "colhões", o que seria, no caso, correspondentemente azado. Se calhar, tem medo das pessoas que têm colhões...
Repensando a moléstia, de repente comecei a rir imenso. É que, se porventura me alojasse num dos tomates do Waldomiro, pressupondo que o Mestre tem uma actividade regular, eu estaria sempre atento aos grandes momentos da saída. Tinha de estar assaz preparado para bater os meus irmãozinhos na corrida ao óvulo...
Ah... Ah... Ah...
Enquanto isso, para que estivesse apto e em oportuna forma, faria exercício contra as paredes... Dos colhões, evidentemente !...
Até te estou grato, ó imbecil sacanazinha. Reprovo contudo que sejas um covarde anónimo, que andas por aí, interneticamente, a sacudires-te contra os tomates dos outros. Penso que o que tu queres... É entrar... Para fruir o gozo de saíres, malandrão. Faz-te à vida ó vivo...
Entranto - constata como afinal de contas tudo é cultura - ficas a saber, entre outros pormenores, muito mais e melhor sobre colhões: desconhecias, por exemplo que, dentro dos tomates, há uma túnica vaginal !... Eu não tenho. O meu pai era "cirurgião providente" e tirou-ma logo que nasci...
António Torre da Guia |