Se uma voz proclama:
"Todo mundo deveria ter direito ao seu cantinho, ao seu pedacinho de terra. E todos deveriam, também, aprender a escolher as sementes para poder plantar suas melhores idéias e seus mais ambiciosos sonhos. Graças a Deus, em primeiro lugar, e depois à ajuda de meus pais, amigos e por esforço próprio, tive a oportunidade de aprender um pouco da jardinagem da vida; de escolher sementes, de preparar o chão, e de produzir: de início, pequenas flores e alguns frutos.
Tenho, portanto, o meu cantinho. Aliás, nesta vida, a gente vai aprendendo a descobrir e invadir vários cantinhos. Vários canteiros. Aproveitando todo o espaço que surge.
Aqui mesmo, nesta pequena chácara de sonhos, neste espaço eletrônico, há vários pedacinhos de terra que formam uma colônia de agricultores que plantam sonhos em forma de flores e de frutos."
Outra logo ecoa, incontinenti se derrama:
"Quanta poesia
em suas palavras;
sonhos transbordando
em eflúvios de amor
se manifestando..."
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[De uma visita, vez em vez, redunda uma quase antologia, ou um dramolete usineiro. O bardo: Domingos Oliveira Medeiros. A voz que e(s)coa: Milazul (milarder). No QA 1, quiçá também no 2. Pergunto: onde encontraria forças para prosseguir? Onde, eu, o sem rumo? Onde, eu, o que já teve a ilusão de um dia, doravante, também passar a pintar com palavras? Onde, neste canteiro? Onde, nesta esquina da usina?]
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