João é apresentado, a uma senhora cheia, de boas intenções. Dava para ver nos olhos e no roçar da língua sobre os lábios.
A senhora: Oi querido. Você não tem namorada? Eu estou muito só e sei cozinhar, lavar, passar e brincar de cavalinho, de casinha. Até gosto de chupar picolé.
João: Desculpe-me, mas estou muito cansado e sem motivação para brincadeiras. O meu brinquedo é de armar e não demora muito em pé. Está sempre caindo.
A mulher: Como não? Eu sei armar brinquedos e você vai perceber que não vou deixar ele cair.
João: Eu sei que deve ter muita experiência. Mas o meu brinquedinho só pode ser armado por meninas até 20 anos. Elas já estão acostumadas, com brinquedinhos da minha idade.
A mulher: Essas meninas não sabem nada. Eu sou mais eu! Tenho mãos de veludo e hálito de morango.
João: Tudo bem! Mas não vou arriscar, não gosto de morangos , e me brinquedo pode falhar e ficar traumatizado. Se falhar em suas mãos, sei que você vai falar para todo mundo. Por que você não procura um brinquedinho mais novo?
A mulher: Com a inflação de mulheres, eles preferem brincar com meninas que sabem mais do que eu. Infelizmente elas aprenderam a usar o vigor que eu não tenho mais...
João: Então, você me dá razão? Por que não usa as mãos de veludo? Os dedos devem fazer maravilhas. Tente!
A mulher: Estou com calos nos dedos. Mas tenho um cachorrão que tem uma língua imensa. Tchau, vou correndo e na hora agá vou pensar em seu brinquedo que não arma. Tadinho...