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Poesias-->Você e Eu -- 28/07/2001 - 14:31 (KaKá Ueno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
" Você e Eu "









Eu não estou triste por não me beijar esta manhã...

Sei que me amas, por isso eu o perdôo...

Nunca foste indiferente comigo,

Não temos porque brigar:

Logo, estarás de volta e eu vou esta aqui...

Sempre estarei aqui.

E tu sabes que eu jamais te deixaria:

Afinal, são só algumas horas que irás afastar-se de mim...

Enquanto aguardo tua volta, farei algumas poesias, escreverei musica:

Eu sei que sem você o tempo não passa...

Mas hoje será diferente, cuidarei para que nenhum de nós sinta-se só...

Leva contigo esta rosa seca, que me deste quando nos conhecemos:

Ah! Lembra-te, daquela noite, quando caminhávamos em uma rua escura,

estava frio, garoando, e me emprestasse tua blusa?

E depois tentávamos pega o último coletivo...

Ele não parou e ficamos olhando, ele afastando-se deixando agente para trás...

Estávamos tão feliz que nem ficamos zangados,

afinal estávamos juntos era o que importava?

Foi nesta mesma noite que pulaste o muro de uma casa roubaste uma rosa,

E quando estavas de vota o cachorro latiu,

e ao pular o muro tropeçaste e caíste,

a rosa voou e veio parar nos meus pés, lembra-se?

Esta rosa seca é aquela que me deste.

Ainda me lembro do beijo que querias dar-me dentro do taxi,

e eu com vergonha do motorista sai correndo...

Mas antes convidaste a ti mesmo para tomar café em minha casa,

era tarde e eu disse que o café estava frio.

Nos despedimos com beijo no rosto e sai correndo...

Logo mais o telefone tocou, era você, comentando do beijo que não deu,

e que naquele instante viste apenas o vento soprando minha roupa,

e ficaste em posição de beijo negado...

Fiquei imaginado como ficaste perante aquele motorista:

Então eu disse que tinhas uma asa quebrada,

que ainda não seria hora ideal,

nenhum de nós estávamos pronto um para o outro.

Apenas estávamos nos acolhendo,

nos apoiando, chorando, um no ombro do outro...

passeávamos naquela rua escuras, fazíamos trovas...

Todas as noites e manhãs, você me telefonava para ler a última poesia,

que acabará de criar...

E eu dizia, acabei de da a luz a outro filho, sim, porque cada texto,

cada poesia, era um filho nascia...

E liamos nossas crias ali mesmo por telefone...

Isso levava horas, e daí?

Agora vá e não se preocupe.









Autora: KaKá Ueno

28 07 01

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