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cronicas-->Político invisível -- 23/08/2008 - 07:43 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Político Invisível

Você está lembrado em quem votou para vereador em 2004? Se não se lembra, parabenize sua memória: ela é deveras importante para você, já que não se lembra do que não lhe fez falta. Homenagei-a; só não vote, neste pleito de 2008, da mesma forma como votou naquele ano. Errar mais de uma vez é burrice. Andar na contra-mão da história é insano. Uma quase barbárie contra a liberdade e a democracia.
Li recentemente que um cientista chinês radicado nos Estados Unidos, liderando um grupo de mais alguns outros colegas cientistas, conseguiu fabricar em laboratório uma matéria invisível. Embora produzida em mínima escala, é deveras promissora sua descoberta. Enche mais ainda o sonho de militares do mundo todo de construir um avião de guerra invisível. Isso não é mais pura ficção. A ciência encontrou o primeiro passo para a sua realização. Trata-se de uma matéria capaz de mandar de volta (para trás) o feixe de luz que sobre ela incide, a já tão conhecida teoricamente "Refração Negativa". Parabéns ao Dr. Xiang Zhang, o honroso líder da equipe de cientistas, responsável pela recente descoberta. A universidade da Califórnia, mais uma vez, dá cabal demonstração de que leva muito a sério a experimentação científica em suas dependências. A Física engrandeceu-se ainda mais com esse achado. Que bom!
Eu não desejo nem imaginar se, cá entre nós, esse experimento
fosse já uma prática viva e nossas universidades pudessem oferecer por preço compatível de uso, aos nossos políticos, a possibilidade de tornarem-se invisíveis quando assim o quisessem. Meu Deus, que horror seria para todos nós eleitores cidadãos! O voto deixaria de ser secreto, e o eleitor passaria a tornar-se um brinquedo na mão dos candidatos. E as reuniões de gabinetes, como seriam divertidas para eles e perigosas para nós! Ufa! Nem é mesmo bom pensar.
Atualmente no Brasil já existe matéria bem especial na mão da maioria (grande maioria) dos nossos políticos. Trata-se da "matéria" que possibilita a todos eles tornarem-se invisíveis aos olhos do fisco e das demais controladorias. Realizam suas maracutaias e na maioria das vezes não são vistos com a mão na massa. Bem que nossos políticos poderiam estar ajudando aos nobres físicos da Universidade da Califórnia a descobrirem uma nova matéria ainda mais versátil e importante do que aquela já conhecida pelos cientistas. Afinal, ninguém como eles sabem tanto esconder as cousas que jamais devem ser escondidas. O medo seria na volta desses políticos ao Brasil. Cuidariam prioritariamente de construir um laboratório invisível e dentro dele, voto e urna não mais seriam um gesto/lugar inseguros para eles e seus famigerados apetites de votos.
Mas é bom mesmo a gente parar por aqui e evitar até mostrar os relatórios de tais experiências físicas; corremos o risco de que um desdobramento indesejado de tais experimentos seja criado por eles.
Outubro de 2008 está ai às nossas portas. Nossa memória, já sabemos, não tem guardado imagens negativas de pleitos eleitorais passados. Menos mal. Não estamos carecendo esconder nossas posições políticas, muito menos nossos votos, mesmo sabendo serem eles instrumentos para uma operação sigilosa e dada por lei. O voto é secreto e livre!
Pois então, o que fazer? Escolher bem melhor do que o que foi escolhido no passado, inovar, perceber melhor os candidatos-raposa, os que ainda não se decidiram se são ficção ou realidade, os que estão tão melados de lama que até nosso voto poderiam sujar, os chorões que insistem em nos passar a imagem de falsa lisura e, por fim, os perigosos demais que têm boas chances de serem beneficiados pela matéria invisível e fugirem do controle da justiça e dos eleitores. O tempo mudou, o voto deve ser mais claro e objetivo e o pleito saudabilíssimo. Os candidatos que gostam de enganar e serem enganados já passa a hora de os acreditarem que há um tempo novo no país, legal e pleno de esperança de que uma nova justiça eleitoral vive e reine entre nós, ficando operante para sempre.
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