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cronicas-->Conversa de fim de semana- luiz maia -- 23/08/2008 - 00:35 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Conversa de fim-de-semana
Luiz Maia

Às vezes voltar no tempo dói ao compararmos certos aspectos do passado com
fatos que se nos apresentam agora. É o caso da década de sessenta que ficou
em nossa memória. Naquele tempo havia mais opções e práticas culturais que
hoje. Não se trata do número de salas de cinemas, nem da quantidade de
teatros que existiam no País. Os anos sessenta foram um período fértil em
todas as áreas ligadas à arte em geral. Não é sonho, mas a pura constatação.
Não se trata de números, mas de qualidade de vida.

A questão é mais profunda e tem a ver com um maior engajamento da sociedade
como um todo, coisa difícil de ocorrer hoje em dia. Naquele período era
inegável que dispúnhamos de mais opções e de melhores condições de trabalho
na área artística. Como exemplo eu diria que atrizes e atores eram de fato
obrigados a ler Shakespeare. Imprescindível era aprender as lições de
interpretação com o pai da dramaturgia Universal. Lembro-me de vários
artistas que iniciaram na artes cênicas fazendo teatro nos palcos e/ou nos
canaviais pernambucanos. Hoje a coisa mudou. Basta ter um rostinho bonito e
um bumbum insinuante para virar artista de televisão. É muito diferente.
Como todo conceito extensivamente mal utilizado, a Arte também tem sofrido
distorções de uso e esvaziamento de seu real significado.

O nível das escolas públicas era infinitamente melhor que hoje. Difícil era
o educandário particular que podia concorrer com o ensino púbilico daquela
época. Os professores eram chamados de mestres, dado o respeito que eles
impunham. Os pais eram mais respeitados e os filhos mais obedientes e
responsáveis que na era moderna. Sou contemporàneo daqueles que viram surgir
artistas fantásticos da estirpe de um Chico Buarque de Holanda, Caetano
Veloso, Tayguara, Tom Jobim, Gilberto Gil, João Gilberto, Paulinho da Viola,
Luiz Gonzaga, MPB 4, Beatles, Elvis Presley, etc. Época de ouro onde
pontificavam nomes que ficaram famosos nas mais diversas atividades, como
Che Guevara, Dom Hélder Càmara, Henfil, Pelé, Geraldo Vandré, Garrincha,
Cassius Clay, Nara Leão, António Maria, etc. Bons tempos. Inegavelmente
superior em qualidade e em oportunidade de escolhas. Como não lembrar desse
tempo? Como não fazer comparações?

Concluo desejando-lhe um ótimo fim-de-semana!

Luiz Maia
http://geocities.yahoo.com.br/maialuiz/
msn: luiz-maia@hotmail.com
SKIPE - luizmaia1
Autor dos livros "Veredas de uma vida", "Sem limites para amar" e
"Cànticos".
- Edições Bagaço - Recife/PE.
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