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Cronicas-->As faltas do século -- 02/08/2008 - 17:13 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Continuo a alimentar um certo saudosismo e é ele que me faz escrever esta crónica, precaucionado por fortes emoções, é claro. E´ que ainda revendo da brilhantina à bicicleta, eu facilmente pude encontrar vivas as grandes faltas deste século XXI.
A falta que se fala hoje em dia, a de alimentos, eu digo, havia há anos, décadas, séculos atrás. Não devemos iludir-nos com a idéia errática que alguns tentavam impor de que é um feito da globalização. É o excesso de bocas, mesmo, a raiz desse problema e os chineses sabem muito bem o que estamos dizendo aqui.
As autoridades se constituíram bem mais, e o homem comum deixou de dizer "benção, papai" " benção, mamãe"! A família pode pactuar - ou ser vítima de uma franca perda de valor institucional. A reverência que se fazia ao presenciar-se uma autoridade, essa já foi para o beleléu há muito. Professor e idoso não representam mais tanta coisa e já desaprendemos a amá-los e respeitá-los como merecem e realmente devíamos.
A educação moderna descaracterizou o termo "tio", "tia" e passou a estimular as crianças do país todo, do Norte ao Sul, para usá-lo, dirigindo-se a professores e pessoas mais velhas. Hoje em dia ele é confundido devido ao seu mau uso. Soldado de polícia é visto hoje mais como bandido, do que mesmo como autoridade. O ladrão ousa tanto que chega a invadir delegacias e quartéis, sem receio de criar qualquer flagrante delito em prejuízo próprio.
Há mesmo uma inversão de valores tremenda e disso não devemos responsabilizar a tal globalização, mas a grande falta em nós mesmos do amor ao próximo. Quando se ama, se respeita e se tolera e se vencem obstáculos. A fome do corpo se mata com trabalho produtivo, enquanto a da alma, com fé na vida e amor ao próximo e trabalho árduo.
O núcleo familiar está comprometido grandemente com a falta de respeito, tecido desde a educação moderna até o convívio comum modificado, que a sociedade tomou como regra, adotando-o como preferencial. Creio mesmo que o que mudou foi assim feito porque nós permitimos. Mais uma vez a história testemunha que somos lobos de nós mesmos e perversos escravos do meio ambiente. Não fomos levados: nós é que levamos, nós mesmos, com nossas pernas. Quem monta pode desmontar mais facilmente; destruir é ato de selvageria, quando o que foi destruído era para ter sido conservado com o merecido respeito que a história exige sempre de todos.
A maior autoridade que devíamos trazer em nosso respeito individual deveria estar centrada na figura do idoso e do professor, esses dois professores da vida, de valores inestimáveis, indispensáveis seres em qualquer processo justo de educação e de cultura.
Há tempo para que possamos reconstruir quase tudo o que já desconsertamos. Um olhar novo é-nos requerido e com pressa. O mal que engendramos já nos pode enxergar como o maior inimigo de nós mesmos. Andemos com firmeza de propósitos e beleza de sentimentos. A vida tem nos cobrado o que dela é de direito. Ser moderno não passa por esse modelo hediondo de vida - morte- a que nós estamos imersos. Mudar com amor para que possamos viver bem amados!
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