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Cronicas-->Trégua àviolência -- 16/02/2001 - 23:57 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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Trégua à Violência

Há poucos dias fiz uma crónica sobre a violência, mas só podemos imaginar quando atinge diretamente alguém que está próximo a nós. Hoje já não esperançosa, mas aflita e angustiada peço a toda a uma população que grite inconformada contra qualquer brutalidade. Se não fizermos isso estaremos concordando com atos vis de pessoas que já não tem nada a perder e que agem como se estivessem numa selva brutalizada.

Violência, Ato Abominável.
Com o coração dolorido e lágrimas que insistem em descer incoerentes, penso em meu sobrinho de dezesseis anos que foi vítima ontem de ex-colegas de colégio que em grupo machucaram-no covardemente. Nós da família estamos sofrendo pela impotência apesar de ter sido feito uma queixa na delegacia e também exame de corpo de delito.Mas o que já foi feito? O dano moral e a ferida interior que se abriu não só nele como em toda a sua família?
E não são meninos que sem solução, sem emprego e sem comida, aflitos e por falta de diretrizes apelam para esse tipo de recurso. Embora nada justifique a brutalidade. São rapazes de classe média alta que usufruem todo o tipo de regalias e que podem entrever um horizonte à sua frente enxergando cores vibrantes e visualizando um futuro promissor. Jovens que tiveram uma educação pelo menos presumivelmente confortável, amena e sem obstáculos intransponíveis.
O que faz com que pessoas tão jovens cujo coração devia abrigar esperanças, sentimentos plasmados em doçura e ostentar uma sensibilidade profunda, enveredem por um caminho tão brutal sendo capazes tranquila e premeditadamente de machucar um colega que como ele abriga as mesmas expectativas e ilusões?
O que faz com que a suavidade tenha sido substituída pela violência e a amizade por instintos agressivos em nome de motivos os mais pueris e irrelevantes?
À medida que evoluímos em tecnologia e não nos importamos muito com a felicidade do próximo as crianças desde a mais tenra idade vêem, presenciam e sentem essa ferocidade que ataca a humanidade. E quando essa fantástica evolução dos tempos devia nos trazer frutos benéficos com melhoria de vida e um conforto acima de qualquer hipótese que um dia tivéssemos pensado, esse terrível fantasma da violência aumenta e toma proporções assustadoras.
Aqui em contato tão estreito com o meu computador que pode me reduzir o tempo de trabalho aumentando imensamente, porém a produção e que me deslumbra a cada momento traz-me algumas reflexões:
Será que esse poder de fazer "quase tudo" e que me fascina sobremaneira atua nos jovens como um domínio desmedido? E é isso que se deve elucidar nas escolas e na vida familiar: Que tudo que vier com o progresso deverá ser levado para o bem da humanidade e não dar consciência e vazão a estímulos e impulsos negativos.
Quero fazer um alerta e pedir tréguas a essas pessoas que abdicaram da generosidade , de sentimentos e emoção a favor do império da força. E um império covarde porque exercido em bando contra uma única pessoa. É assim que fazem e é de todo esse contexto alucinante que pedimos trégua. Será que esqueceram o dom da palavra e da comunicação? Porque hoje em certos lugares fala-se o menos possível e em contraposição a força impera. Por vezes uma palavra, um gesto pode explicar anos de mágoa que ficaram enclausurados no peito.
Rogamos trégua também ao governo de suas preocupações pessoais para pensar numa campanha mais eficiente e duradoura contra o fantasma macabro da violência.
Trégua!É o que pedimos.
Trégua do ódio desmedido. Trégua da maldade e o renascer do amor, da sensibilidade e compreensão dos sentimentos altivos e enobrecedores que são inerentes e instintivos a todo ser humano. Trégua é tudo que queremos para reformulação de conceitos e valores.

Vània Moreira Diniz
15-02-2001

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