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cronicas-->Consumo, economia e inflação -- 27/07/2008 - 07:57 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Consumo, economia e inflação

Já é sabido que o banco Central elevou a taxa expectante da inflação de 4,6% para 6% ao ano. Nada de tão anormal, porém preocupante. Embora essa taxa aumentada seja a previsão inflacionária para o ano de 2009 e tire de nós um pequenino gomo de sono, alertando a economia como um todo, é suportável. 2009 não está sendo esperado meio a marolas, mas às ondas nem tão pequenas. Que a economia mundial está tempesteando, disso eu não arredo a crença, mas, até causar grandes prejuízos, só esperando para ver.
Alimento, petróleo e minerais são vilãs nesse alvoroço todo. Uma parte do mundo está comendo muito mais, enquanto outra exatamente o contrário. A demanda doméstica está desenfreada, a indústria cresceu pouco e não está atendendo a contento ao consumo crescido de uma classe média mais densamente abastecida de dinheiro e por outro lado de uma classe pobre que nunca póde comprar tanto quanto agora.
As figuras malsãs especulam apenas e não se preocupam com essa saturação de consumo, mas apostam nesse desabastecimento e sua consequente alta de preço. É com isso que essas figuras lucram tanto. O que deve interessar-nos é o que nos una e jamais o que nos separa.
Todo crescimento substancial requer um provisionamento específico. O consumo desenfreado oferece riscos para qualquer economia porque escasseia a oferta, eleva preços e gera inflação. O tão falado crescimento sustentável é uma porta aberta, mas não escancarada e pode oferecer melhor robustez à economia que dele se apossar. É escolha inteligente. Arma a ser bem considerada.
Não tenho dúvida de que o país está crescendo e não é tão pouco assim. Produtos de consumo que até há pouco eram possíveis apenas à parte ínfima da economia , hoje não o são mais. Um pobre come caviar, mesmo que não pague em dia sua conta de luz. Pode faltar pão na mesa, mas, dificilmente os créditos para o telefone celular. Todos nós sabemos que existe inversão de valores e escolhas outras, para não se dizerem opções grotescas de consumo. Não é à-toa a expressão antiga que diz: "quem nunca comeu mel, quando come se lambuza". É exatamente o que estamos vendo graças ao crescimento económico.
Cabe ao governo ofertar esse consumo, oferecer opções sadias de desenvolvimento e dificultar ao máximo que a economia desande e a população sofra com a inflação ou outros males iguais a esta. Hora de economizar é toda a hora; hora de comprar, idem, mas não com a ànsia perturbadora de que tudo vai se acabar se não comprar logo.
Já tivemos demasiado tempo de sofrimento e uma lição forte deve ter ficado. Algum bom legado deve ser redirecionado aos nossos descendentes. E, diferente do que defendia o bruxo do Cosme Velho, nosso saudoso Machado de Assis, procriar é sagrado e é este o maior legado que um homem pode dar à sua história de vida. Deixemos, pois, filhos mais avisados dos riscos que a economia moderna, globalizada, pode oferecer a todos, quando dela não se depreendem os seus riscos silenciosos ou até mesmo os barulhentos.
Produzir mais é salutar, consumir é permitir que a economia cresça, viva e sobreviva, mas sem esquecer os excessos, cuidando do equilíbrio entre a demanda e a oferta, para não corrermos o risco de tombarmos com ela e ficarmos muito mais desabastecidos e por tempo indeterminado.

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