Adoro provocar, instigar, questionar, duvidar...Adoro ver as pessoas como elas são. Sem disfarces, sem máscaras, nuas diante de mim. Expostas e indefesas. Verdadeiras. Para falar comigo tem que olhar no olho. Tirar o véu. Não gosto de disfarce. A feiúra humana não me assusta. É preciso ter coragem para mostrar a cara e tirar a fantasia de bonzinho. Temos que aprender a respeitar também os nossos defeitos, a nossa parte podre. Aquela que a gente esconde no dia a dia.
Precisamos da nossa integridade, da soma de todas as partes, para que façamos algum sentido nessa vida. Se conhecer é isso. Reconhecer o claro e o escuro. A sombra também é nossa. Não precisa me admirar. Eu não preciso da sua aprovação. Ninguém precisa.
Quem sabe o que é certo ou errado? Por que não preferir o torto ao reto. A linha reta é sem graça. Um caminho monótono. Não gosto do óbvio. Ele é perigoso, traiçoeiro. É como areia movediça, que você entra e não percebe que está afundando. Ela vai te engolindo aos poucos e te sufocando até a morte. A vida muitas vezes é assim. Você vai se atolando cada vez mais, e quando se dá conta já não consegue mais sair. É o fim.
Temos que provocar as nossas idéias. Sacudir a nossa tendência à comodidade. A sanidade e a loucura estão no limite de um fio. A vida passa como um rio que não espera. Viajamos numa canoa sem remos. É só o temos. Pra que complicar as coisas. Na verdade ninguém sabe nada. Cada um no seu barco, a deriva da vida. E que Deus nos proteja!